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Santiago

Praia: Comunidade LGBTI+ marcha contra a discriminação e direito de existir

A comunidade LGBTI+ (população lésbica, gay, bissexual, travesti, transexual e intersexual) na cidade da Praia promoveu, na manhã deste sábado, a marcha de “Orgulho LGBTI+ 2022” contra a discriminação e pelo direito de existir.

O evento, que mobilizou cerca de uma centena de pessoas que percorreram o centro da capital homenageou, ainda, a artista G-cross, encontrada morta na praia da Gamboa.

A marcha do “Orgulho LGBTI+ 2022,” que decorreu sob o lema “Abrace a Diversidade com Educação e Respeito” levou às ruas da capital do país cores do arco-íris e contou com a participação da presidente do Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade de Género (ICIEG), Marisa Carvalho, e da Comissão Nacional para os Direitos Humanos e a Cidadania (CNDHC), Zaida Freitas.

Em declarações à imprensa, a organizadora da marcha e presidente da Associação LGBTI+ da Praia, Sandra Tavares, afirmou que a marcha é importante, pois, o que se quer é que todas as pessoas sejam livres e vivam a sua vida sem qualquer discriminação.

“O objectivo é sensibilizar as pessoas de que todos temos os mesmos direitos e deveres de estar na sociedade, independentemente da orientação sexual ou identidade LGBTI+”, disse, na esperança de tocar a sociedade para uma diversidade efectiva e igualitária para todos.

Desrespeito à comunidade LGBTI+

Sandra Tavares sublinhou ainda que o lema “Abrace a Diversidade com Educação e Respeito” tem como propósito chamar a atenção das pessoas quanto ao desrespeito a que a comunidade LGBTI+ tem sido alvo nas redes sociais em Cabo Verde.

“Se educarmos os nossos filhos a respeitar a cidadania em diversidade, teremos no futuro crianças e seres humanos que respeitarão todo o tipo de condução sexual”, acrescentou.

Quanto às leis existentes para proteger a comunidade LGBTI+, aquela responsável da associação assegurou que, de há cinco anos a esta parte, muita coisa mudou, apesar de reconhecer que muito ainda falta por fazer em prol da comunidade.

Mais engajamento do Governo

Em termos de leis, salientou que o Governo deveria apostar “fortemente” num engajamento junto da comunidade para saber qual a principal necessidade e daí iniciar a “mudança que se quer”.

A educação, o emprego e a saúde foram apontados por Sandra Tavares como principais necessidades da comunidade LGBTI+ em Cabo Verde, particularmente na Praia, onde as pessoas veem a comunidade com maus olhos.

“Se abraçarmos e respeitarmos a comunidade LGBTI+, a população irá começar a ver-nos com outros olhos e o tratamento será outro”, disse, sustentando que o caminho e as exigências a ser percorridos hoje podem não ser os de amanhã.

C/ inforpress

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