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Desporto

Vá, um futebolista em ascensão

Ivanilson Semedo, 18 anos, é um jovem natural de Lém-Ferreira, cidade da Praia, que se tem destacado no futebol, abrindo portas para o seu grande sonho de ter uma carreira internacional, mas sempre carregando o nome de Cabo Verde.

Conforme contou ao A NAÇÃO, o desporto faz parte da sua vida, desde muito cedo, inspirado pelo pai, Jordão, antigo capitão do Sporting da Praia, a sua grande referência dentro e fora do campo.

“O meu pai foi um grande jogador que representou a selecção em Santiago Sul e Praia. Foi por causa dele que eu escolhi este caminho”, conta o jovem futebolista que, aos 10 anos, participou no seu primeiro campeonato.

Início de carreira

Foin nesse primeiro campeonato que também marcou o seu primeiro golo e conquistou junto com a equipa de sub-11 a taça fair-play para Lém-Ferreira.

Na construção da sua carreira, Vá, como é conhecido no campo e na sua comunidade, passou de sub-11 para sub-13 na equipa Delta da Achada Grande Frente, na posição de meio-campo, e terminou esta temporada com dois golos.

No sub-15, representou a equipa de “Bola Pa Frente” como defesa central, onde também teve grandes experiências com a treinadora Nita.

Popularidade

No entanto, o seu nome tornou-se mais popular no sub-17, escalão em que conquistou dois campeonatos, sendo o primeiro na equipa Maracanã de Ponta d’ Água e o segundo na Escola de Preparação Integral de Futebol (EPIF).

“Fiquei a ser mais conhecido na Praia pelos jogos no sub-17 em que de Escola de Futebol de Achada Grande Frente (EFAGE) fui convidado para participar da equipa Maracanã do bairro de Ponta d’ Água. Na altura, vencemos o campeonato num jogo contra a EPIF e eu tive um grande desempenho para aquele resultado. O meu primeiro campeonato”, recorda o jovem que depois, entre regressar à EFAG e voltar para Maracanã, acabou na EPIF, numa altura em que este venceu também o campeonato de sub-17 Praia.

Novos desafios no escalão sénior

Depois desta temporada de muito trabalho e muitos resultados, este jovem talento do futebol passou para o escalão sénior, tendo que enfrentar novos desafios. Por exemplo, o de pertencer a uma equipa maior, nomeadamente o Celtic da Praia, onde sabia de antemão que podia não participar em todos os jogos.

Conforme confirmou, isto chegou a acontecer, mas foi uma experiência que o ajudou a amadurecer e a entender que “na vida, nem tudo é fácil” e que “perante os nossos objectivos, temos que ultrapassar os obstáculos existentes”.

“Quando ficava chateado por não estar a participar em todos os jogos, sentia que precisava esforçar-me ainda mais para poder entrar no campo. Foi isso que fiz até merecer tempo e espaço do meu treinador”, lembra.

Com esta mesma garra e determinação, Vá alcançou um resultado positivo e terminou a última temporada do campeonato na cidade da Praia com quatro golos e uma assistência, alinhando pelo Cláudio,  atleta avançado do Celtic.

Careira internacional

Agora, com intenção de experimentar águas internacionais, diz que chegou a fazer testes para participar em campeonatos em França mas que o resultado não foi satisfatório.

No entanto, sem pensar em desistir diz que vai esperar um timing certo, seguindo os conselhos do seu empresário, uma figura internacional que acredita no seu potencial para fazer história no desporto a nível internacional.

Assim, Ivanilson segue escrevendo passo-a-passo a sua caminhada rumo ao seu grande sonho de ser jogador de futebol pelo mundo, mas com a promessa de “sempre” carregar o nome de Cabo Verde, vestindo, quando for a hora, as cores dos Tubarões Azuis. 

Publicada na edição semanal do jornal A NAÇÃO, nº 772, de 16 de Junho de 2022

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