Maratona chega ao fim na França, com incerteza sobre a manutenção da Maioria Absoluta favorável a Emmanuel Macron, o Presidente reeleito em Abril.
A Aliança de Centro do Presidente da França, Emmanuel Macron – reporta odia.com.br -, mobilizou seus últimos esforços, sexta-feira, 17, para tentar manter sua Maioria Absoluta contra uma Esquerda Unida nas Eleições Legislativas deste domingo, 19, que fecham vários meses de Campanha naquele País da Europa.
“Estamos na rua para lutar até o último minuto!”, disse a Primeira-Ministra, Élisabeth Borne, que comparou o seu Projeto que procura “proteger” os Franceses com o “perigoso” Programa para a Economia da Coligação de Esquerda.
Emmanuel Macron, reeleito em Abril para um Novo Mandato de cinco anos, depende destas Eleições para poder aplicar seu Programa Liberal, como adiar a idade de Aposentadoria de 62 para 65 anos, sem a necessidade de forjar alianças com outros Partidos, especialmente a Direita.
Projecções
“O caos são eles!”, reiterou nesta sexta-feira, o esquerdista Jean-Luc Mélenchon, pedindo aos eleitores que votem e “tomem uma decisão clara”, porque, “caso contrário, será uma bagunça por meses”.
Mais da metade dos eleitores se absteve na primeira Volta.
As Projecções indicam a possibilidade de que o Presidente Centrista, Emmanuel Macron, perca sua Maioria Absoluta, por conta do avanço da Esquerda, Unida na Coligação Nova União Popular, Ecológica e Social (NUPES), e da Extrema-Direita.
A Aliança Juntos!, de Macron, alcançaria entre 255 e 305 deputados, seguida pelo NUPES (140 a 200), o Partido de Direita Os Republicanos e seus Aliados, denominado UDI (50 a 80) e o Reagrupamento Nacional (RN, Extrema-Direita), de Marine Le Pen (20 a 50).
A Maioria está em 289.
Temor
Manter a Maioria Absoluta é o cenário privilegiado para o Presidente Emmanuel Macron, de 44 anos, que, após um Primeiro Mandato marcado por protestos sociais, a Pandemia de COVID-19, e, na recta final, a Guerra na Ucrânia, espera retomar sua Agenda Reformista e Liberal.
Esse resultado lhe permitiria aprovar Leis quase sem resistência no Parlamento, mas corre o risco de reforçar sua imagem de Presidente “Autoritário”.
“O que está em jogo é impedir Macron de ter Maioria Absoluta”, resumiu Jordan Bardella, do RN.
Uma Maioria Simples devolveria certo protagonismo ao Parlamento, pois, obrigaria o Chefe de Estado a buscar Aliados. Há, também, formas de impôr medidas, mas isso implicaria riscos à continuidade do Governo.
O Partido Os Republicano, herdeiro da formação dos ex-Presidentes Jacques Chirac (1995-2007) e Nicolas Sarkozy (2007-2012), já se vê como árbitro, uma vez que seus votos se tornarão “inevitáveis”, segundo a deputada Agnès Even.
Embora tais tratativas sejam comuns na maioria das Democracias, na ausência de uma Maioria Estável, a adopção de Leis se tornaria uma dor de cabeça para o Partido no Poder na França.
O cenário mais temido para Macron é uma grande vitória para o NUPES – uma Coligação de Ambientalistas, Comunistas, Socialistas e a Esquerda Radical. Mélenchon poderia, assim, reivindicar ser nomeado Primeiro-Ministro.
O rumo da Segunda Maior Economia da União Europeia (UE) dependerá da votação, num contexto de Guerra na Ucrânia e o aumento dos preços da Energia e dos Alimentos.