Um grupo de jovens, na maioria mulheres, vai lançar, em Cabo Verde, a plataforma digital “Banco do Tempo”, para fomentar o emprego na camada jovem e apoiar a inclusão de mulheres na economia digital.
A iniciativa é liderada pela socióloga Miriam Medina, presidente do grupo Mon Na Roda e autora dos livros “Se causa dor não é amor” e “Uma dor além do parto”.
Banco do Tempo (BdT) é um conceito conhecido desde o século XIX, e consiste em um tipo de moeda comunitária, que recompensa pessoas em créditos de tempo pelo trabalho que realizam dentro da comunidade.
Como funciona?
Em vez de trocar serviços pela moeda nacional, os participantes do banco regional investem em horas trabalhadas. Cada hora de um serviço prestado equivale a uma hora de serviço recebido, sem distinção de tipo ou dificuldade da função.
A ideia de trazer este projecto para Cabo Verde, segundo a organização, baseia-se na elevada taxa de desemprego no país, com uma representação de 14.5% em 2020, traduzidos em cerca de 180.000 habitantes no país, segundo dados do INE.
Este cenário é agravado pela atual conjuntura económica difícil, decorrente da pandemia e da guerra na Europa.
Neste sentido, o Banco do Tempo quer contribuir para a redução do desemprego, particularmente na camada jovem, contribuir para a inclusão das mulheres na economia digital e no fomento da economia solidária.
Valorização dos serviços
O projeto visa promover a valorização dos serviços, das habilidades e capacidades, independentemente da área ou ramo, através da Plataforma “Banco do Tempo”, cujo Tempo é a moeda de troca, permitindo ao usuário oferecer e receber serviços.
“Estamos engajados e decididos em ajudar o nosso país a impulsionar cada vez mais a economia, que sofre, ainda, dos impactos da conjuntura nacional e internacional”, diz a organização.
O lançamento da Plataforma acontece no dia 23 de Junho, às 17h30, no auditório da Caixa Económica, Cidade da Praia.
