O Primeiro-Ministro (PM) da Hungria, Viktor Orbán, saúda o Acordo alcançado pelos 27 Países da União Europeia (UE), que prevê a isenção do Petróleo distribuído por Oleoduto, permitindo que o País continue a ser abastecido pela Rússia.
O PM nacionalista Húngaro, Viktor Orbán – escreve o portal jn.pt -, bloqueava há várias semanas a Proposta de Embargo da UE, queixando-se de que “uma bomba atómica” podia atingir a Economia Húngara.
Finalmente, para afastar o Veto de Budapeste, os Chefes de Estado e de Governo dos 27 reunidos, na segunda-feira, em Bruxelas, limitaram as Importações ao Petróleo Russo transportado por navios, o que representa dois terços das compras do Bloco Europeu.
“As famílias podem dormir em paz, descartámos a ideia mais louca que existia”, declarou Orban numa Mensagem Vídeo, que difundiu através da plataforma digital “FaceBook”.
O Embargo Total “seria insuportável para nós (…), mas conseguimos evitá-lo”, disse o dirigente nacionalista Húngaro, que mantinha boas relações com o Presidente Russo, Vladimir Putin, antes da Invasão da Ucrânia.
Desde o início da Nova Ofensiva Russa contra o Território Ucraniano, a 24 de Fevereiro, Orbán mantém uma posição ambígua em relação a Moscovo.
Dependência
A Hungria, País da Europa Central sem acesso ao mar, depende do consumo (65 por cento – %) do Petróleo Russo que chega ao País através do Oleoduto Droujba.
A Hungria opôs-se à Proposta Inicial de Embargo, a menos que beneficiasse de um prazo de, pelo menos, quatro anos para implementar mudanças, exigindo, ao mesmo tempo, 800 milhões de Euros de Financiamento Europeu para a adaptação de novas infra-estruturas.
Alemanha e Polónia comprometeram-se a cortar as Importações de Petróleo através do Oleoduto Droujba.
No total, perto de 90% das Exportações Russas de Petróleo vão deixar de abastecer a União Europeia, até ao final do ano, de acordo com a presidente da Comissão, Ursula von der Leyen.
A extensão do Embargo às entregas por Oleodutos vai ser discutida “o mais rápido possível”, sem que tenha sido definido um prazo.
O Embargo ao Petróleo Bruto (dentro dos próximos seis meses) e a Produtos Refinados (nos próximos oito meses) constitui o Sexto Pacote de Sanções contra a Rússia e visa atingir o Financiamento das Forças Armadas Russas envolvidas na Invasão da Ucrânia.