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Política

Saúde: Presidente da República apela ao diálogo sobre fiscalização do sector privado 

O Presidente da República aconselha o governo e a Ordem dos Médicos a debaterem o decreto lei que atribui competências à ERIS para delimitar e fiscalizar os preços praticados no sector privado da saúde. José Maria Neves diz, entretanto, que nunca teve dúvidas quanto à constitucionalidade do diploma.

“Não pensei, em nenhum momento, em pedir a fiscalização. Não tive dúvidas relativamente à constitucionalidade do diploma. Tenho seguido a polémica que existe em torno desta matéria e eu acho que os diferentes actores deverão continuar a debater e fazer valer os seus direitos, de acordo com o entendimento que tiverem desta matéria”, disse, em declarações à RCV.

O grupo de trabalho, composto por assessores jurídicos da Ordem dos Médicos e do Provedor da Justiça, vai analisar os contornos do decreto lei que atribui competências à ERIS para delimitar e fiscalizar os preços praticados no sector privado da saúde.

Uma delegação da Ordem dos Médicos solicitou ao Provedor que também interceda junto do Tribunal Constitucional, para averiguar a constitucionalidade do diploma, que considera “discriminatória e injusta”.

Caminho moroso – Provedor

Entretanto, o provedor alerta que este pode ser um caminho moroso, uma vez que o Estado pode, de facto, intervir no mercado.

“A própria Constituição da República permite ao estado intervir nestas áreas, no sentido de um maior equilíbrio e das pessoas menos favorecidas. Fixa-se um teto máximo”, explicou José Carlos Delgado, à RCV.

Chama atenção ainda deste ser o “diploma mãe”, e diz que há outros aspectos a nível de regulamentação.

Uma posição definitiva do Provedor da Justiça, assegurou, será formada só depois de conhecer a avaliação do grupo de trabalho.

C/ RCV

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