A Justiça Britânica emitiu, esta quarta-feira, 20, a Ordem Formal para extraditar o fundador do “WikiLeaks”, Julian Assange, para os Estados Unidos da América (EUA).
Os EUA – lembra jn.pt – querem julgar Julian Assange pela publicação de centenas de Ficheiros Secretos, relacionados com as Guerras do Iraque e do Afeganistão.
Porém, a ministra do Interior, Priti Patel, tem, agora, de decidir se confirma ou rejeita a Extradição.
De acordo com a Lei, a ministra só pode exercer a Prerrogativa de proibir a Extradição em casos específicos abrangidos pela Lei de Extradição de 2003 e sempre de acordo com os Acordos com o País-Requerente, neste caso os EUA.
Caso seja autorizado pelo Tribunal Superior, a Justiça Norte-Americana ou Assange poderão ainda recorrer da Decisão de Patel.
A Ordem de hoje do juiz Paul Goldspring, do Tribunal de Magistrados de Westminster, em Londres, ocorre depois de o Supremo Tribunal, a Última Instância, ter recusado no mês passado Permissão ao Recurso de Assange contra a Decisão de um Tribunal inferior a favor da Extradição.
Assange esteve presente no Tribunal, nesta quarta-feira, por video-conferência da Prisão de Alta Segurança de Belmarsh (em Londres) e permanecerá em prisão preventiva.
Lembrete…
Julian Assange, australiano de 50 anos, fundador do “WikiLeaks”, é acusado pela Justiça dos EUA pela Divulgação, a partir de 2010, de mais de 700 mil Documentos Confidenciais sobre Actividades Militares e Diplomáticas do País, em particular no Iraque e no Afeganistão.
Processado em particular ao Abrigo da Legislação contra a Espionagem, Julian Assange enfrenta 175 anos de prisão, num caso denunciado por Organizações de Direitos Humanos como um grave atentado à Liberdade de Imprensa.