A empresa de distribuição a grosso, Praia Alimentar, com sede no mesmo edifício da Boutique dos Congelados, em Palmarejo, sofreu, na manhã da passada segunda-feira, um assalto à mão armada, por dois indivíduos encapuzados. Os assaltantes levaram uma certa quantia em dinheiro, que seria depositada no banco. A empresa desconfia que estava a ser vigiada.
De acordo com um sócio-gerente de ambas as empresas, o rombo foi feito ao dinheiro da Praia Alimentar, de venda a grosso, e não da Boutique dos Congelados, de venda a retalho, como foi divulgado, nas redes sociais, através de um vídeo.
Tudo aconteceu por volta das 10h30 da manhã de segunda-feira passada, quando o gerente e uma funcionária saiam para fazer o depósito habitual no banco.
O mesmo não confirmou, nem desmentiu o valor levado, por questões de segurança, mas fala de um prejuízo considerável para ele, e nem tanto para a empresa, em si.
“Para a empresa, a gente vai recuperar. O mais importante foi a vida das pessoas que correram risco”, considerou, tendo em conta que os dois criminosos portavam armas de fogo de “9mn”.
O assalto
O empresário explicou que os meliantes estacionaram um veículo branco lá fora, à porta da empresa, e esperaram pela hora em que ele saiu para buscar o carro, que estava mais distante. Depois, conforme relata, enquanto a funcionária aguardava ainda dentro do pátio da empresa, dois encapuzados entraram e levaram a bolsa.
No vídeo, vê-se que a jovem resiste por uns momentos e é agredida, a pontapés, mas o gerente garante que ela não teve ferimentos, nem precisou de ir ao hospital. Apenas algumas mazelas e nódoas negras.
O carro, segundo disse, já estava posicionado para fugir. Sendo que saíram dois encapuzados do seu interior, armados, tendo ficado, pelo menos, um condutor à espera. Não se sabe se estava mais alguém no interior do carro.
Acto premeditado
Este empresário acredita que o roubo estava a ser preparado há já algum tempo, tendo em conta que um funcionário, que costuma abrir a loja às 8h da manhã, disse que há cerca de duas semanas viu aquele mesmo carro parado em frente à loja, na hora de abertura.
Em outra situação, recorda que, ao sair para ir para o banco, desconfiou que andava a ser seguido, e era também um carro branco.
“Quando viu que comecei a abrandar e a olhar para trás ele mudou de caminho. Não posso afirmar que eram eles, mas eu senti que estava a ser seguido”, explicou.
Pode ter sido qualquer um a passar informação
Entretanto, desde que o vídeo do assalto foi divulgado no Facebook, diz que uma coisa que o tem chateado é que as pessoas, e a polícia, pensam que pode ter sido um funcionário da loja a passar informações aos criminosos. Uma teoria que discorda.
“Por isso eu queria salientar que a profissão deste senhores (assaltantes) é roubar. Eles são bandidos. Acordam e dormem pensando no assalto. Eles andaram-nos a vigiar e a controlar. Nós todos os dias vamos fazer depósitos, numa janela de, mais ou menos, 4h. Os meus funcionários sabem isso, as vendedoras que estão lá fora sabem disso, os lavadores de carro, os vizinhos, toda a gente sabe disso. Pode ter sido qualquer um”, salientou.
Os seus funcionários, segundo disse, são trabalhadores felizes, que gostam de trabalhar na empresa e ganham bem, lembrando que, nos últimos meses, devido à conjuntura difícil, todos passaram a ganhar 11 mil escudos a mais.
A polícia está a investigar o caso e o empresário espera que os responsáveis sejam presos, para que a mensagem de que o crime não compensa seja passada.
A segurança do local será também reforçada.