PUB

Educação

Aldeias SOS: 60 profissionais de saúde e educação capacitados em comunicação, linguagem e fala

Um grupo de 60 profissionais das áreas da saúde e educação terminaram uma ação de capacitação em “Comunicação, Linguagem e Fala”, promovida pelas Aldeias Infantis SOS. A iniciativa, que teve lugar durante dois dias, na Praia, e dois dias, também, em Mindelo, visou reforçar a actual capacitação dos profissionais, para realizar terapia individual às crianças com dificuldades de aprendizagem.

A primeira fase foi ministrada pelas terapeutas da fala, Nicole Agrela e Cláudia Pinto, da empresa portuguesa SpeechCare, e decorreu na sede das Aldeias Infantis SOS, na Cidade da Praia, nas manhãs de 11 e 12 Abril.

Estiveram presentes 35 profissionais das áreas de saúde e educação, desde psicólogos, fonoaudiólogos, assistentes sociais, professores de educação especial, educadores de infância, auxiliares de ação educativa e técnicos de ONGs, universidades e dirigentes dos ministérios da Educação, da Saúde e da Família, segundo informou a SOS.

A componente formativa prática, de 6 horas, foi antecedida de 16 horas de conteúdo online, direccionada para profissionais que trabalham directa ou indirectamente com crianças de idade pré-escolar e escolar, tendo em vista a aquisição de competência básicas de aprendizagem de fala, linguagem e comunicação, dificuldades de leitura e escrita, alimentação e voz.

Os formandos salientaram, segundo as Aldeias Infantis SOS, a “enorme mais-valia da formação”, que permitiu “identificar precocemente crianças com dificuldades de aprendizagem”, assim como “acompanhá-las, de forma mais eficiente, no seu dia-a-dia, a nível escolar e social”.

Entre ontem, quarta-feira, e esta quinta-feira, 14, a mesma ação decorreu em Mindelo, abrangendo mais 25 profissionais de São Vicente e Santo Antão.

Universidades querem disponibilizar formação superior

“Infelizmente, ainda não existe formação superior em terapia da fala em Cabo Verde, contando o país com cerca de uma dezena de profissionais, um número manifestamente escasso para atender às muitas necessidades da população”, manifestou a técnica das Aldeias Infantis SOS, Denise Resende.

Neste sentido, explicou, os representantes das Universidades de Cabo Verde e Piaget mostraram-se empenhados na criação de formação nesta área e, por seu turno, os ministérios de Saúde, Educação e Família demonstraram interesse em integrar estes profissionais nas suas equipas multidisciplinares de intervenção.

“No entanto, dado que o processo de formação superior ainda vai requerer trabalho preparatório e há urgência em actuar rapidamente, a SpeechCare e os demais stakeholders presentes, pretendem encontrar soluções que permitam, não só reforçar a actual capacitação de profissionais, realizar terapia individual às crianças que vão sendo identificadas como necessitando de intervenção para superarem dificuldades de aprendizagem. Para este efeito, serão necessários apoios de entidades públicas ou privadas”, sublinhou a mesma fonte.

A identificação precoce de crianças com dificuldades na aquisição das competências de linguagem e comunicação é tida como fundamental para evitar dificuldades cumulativas de aprendizagem, que, além do desaproveitamento educativo, resulta em alterações emocionais profundas e isolamento social.

PUB

PUB

PUB

To Top