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Santiago

Praia: Transporte escolar e água domiciliária são principais carências de Palmarejo Grande

O vice-presidente da Associação Comunitária para o Desenvolvimento de Palmarejo Grande, Daniel Carvalho, pediu hoje a intervenção das autoridades competentes face às necessidades do bairro, sobretudo transporte escolar, para os alunos cujos familiares não têm condições de pagar transporte diariamente e que ficam à mercê de boleias alheias.

Daniel Carvalho, que falava à margem de uma feira de saúde que decorre naquela comunidade, declarou que Palmarejo Grande tem vindo a enfrentar “muitos desafios”, entre eles, transporte escolar e carência de infra-estruturas, sublinhando que neste momento apenas o jardim infantil está a funcionar.

Segundo a mesma fonte, citada pela Inforpress, os alunos (crianças e adolescentes), deslocam-se do fundo de Palmarejo Grande para irem estudar em Palmarejo Frente, Terra Branca e Tira Chapéu.

Riscos

“E há familiares que não têm condições de pagar transporte aos filhos diariamente para ir para escola, pelo que muitos ficam à mercê de boleias alheias, correndo inúmeros riscos”, uma vez que, comentou, “temos uma sociedade com incidências de tráfico de criança, abuso sexual de criança, entre outras.”

Consequência disto, assinalou, tem sido a alta taxa de reprovação e abandono escolar na comunidade.

“Tínhamos um carro de delegação que transportava crianças da escola primária e secundária, mas tiraram-no daqui e colocaram em Máton, eu fui falar com o delegado escolar que ficou de resolver esta situação, mas até agora nada, já vamos a dois anos lectivos sem transporte”, salientou Daniel Carvalho.

Por isso, apelou às autoridades competentes a atribuir um novo transporte à comunidade para que as crianças e os adolescentes possam ir e regressar da escola em segurança.

Outras carências do bairro

Para além disso, Daniel Carvalho apontou ainda a necessidade de um parque de lazer e placa desportiva para os jovens ocuparem o tempo livre, pois o bairro Palmarejo Grande “carece de muita intervenção” das autoridades competentes.

Outro “grande problema” da localidade, indicou, tem sido o saneamento, prova disso, sublinhou, são os contentores deitados ao chão, sem tempo de serem levantados, um problema que, ressalvou, já colocaram várias vezes à Câmara Municipal da Praia.

“Porque já fizemos campanha de limpeza, mas só que não há recolha do lixo. Colocaram contentores, fizeram o programa de recolha de lixo que funcionou por algum tempo, mas já há praticamente quase dois meses que os contentores estão adormecidos no chão” e, por vezes, as pessoas queimam o lixo à frente do contentor”, narrou Carvalho.

 “Por isso pedimos às autoridades para tomarem medidas neste sentido, que o carro de lixo passe a fazer recolha do lixo, para uma comunidade limpa e saudável”, solicitou.

Comunidade reivindica água domiciliária

A água domiciliária é também uma reivindicação da comunidade, que, lamentou o vice-presidente da associação, há mais de um ano do conhecimento da empresa  Águas de Santiago (ADS), no entanto, “sem resposta”.

Segundo este responsável, a comunidade abastece através de um chafariz , mas, por vezes, há crise de água de até dois dias.

De salientar que a feira de saúde que decorre em Palmarejo Grande acontece em parceria com o Movimento Jovens pela paz, Associação dos estudantes da Uni Piaget, com o propósito de levar a saúde “para mais perto das pessoas”, já que muitas não têm recursos financeiros para custear esses serviços.

C/Inforpress

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