PUB

Política

Imigrantes cabo-verdianos geram 13% do PIB: Governo vai criar Conselho das Comunidades 

O ministro das Comunidades, Jorge Santos, anunciou, esta segunda-feira, que o Governo vai instalar, ainda este ano, o conselho das comunidades cabo-verdianas, visando uma participação mais efectiva em tudo que seja a governação de Cabo Verde. Actualmente, os imigrantes cabo-verdianos contribuem com 13% para o PIB.

O governante falava à Inforpress, após um encontro, por videoconferência, com representantes de associações cabo-verdianas radicadas no Luxemburgo, Países Baixos, Itália, Bélgica, Reino Unido e França.

A ideia, segundo o ministro, é criar o conselho das comunidades a nível nacional, mas também a nível regional, como nos EUA, Portugal e outros países onde existem representações diplomáticas para permitir um diálogo.

“Chegou a hora de valorizarmos a participação da nossa diáspora e de ver na diáspora cabo-verdiana um grande activo agregador de valor ao esforço do desenvolvimento nacional”, defendeu o ministro, segundo o qual a ideia é fazer com que a diáspora participe activamente na governação do País, sobretudo nas matérias que dizem respeito às comunidades.

Integração

Nesta linha de acção, assegurou que o Plano Estratégico 2022/2026 está assente em dois pilares fundamentais, nomeadamente a criação de um sistema de governação para a diáspora e criar instrumentos de integração no arquipélago e nos países de origem.

Segundo o ministro, constam desses instrumentos programas amplos de aproximação e promoção cultural, criação de um sistema informático e digital de prestação de todos serviços públicos cabo-verdiano a diáspora, e permitir a interligação digital através do portal consular de Cabo Verde, o portal das comunidades cabo-verdianas e o portal de promoção empresarial e fomento empresarial.

“Para além disso tudo, temos ainda um conjunto de benefícios fiscais e de facilidade que o Governo tem vindo a criar nos últimos tempos e com a aprovação do estatuto do investidor imigrante, que tem um conjunto de facilidade e incentivos para investimento e promoção empresarial da diáspora cabo-verdiana, isso focalizando essencialmente nas segundas, terceiras e quartas gerações”, explicou.

13% para o PIB

Avançou que hoje em dia a diáspora cabo-verdiana contribui com 13% para o PIB e as remessas enviadas ultrapassam os 240 milhões por ano, mas sublinhou que essa participação pode ser ultrapassada.

Por outro lado, disse que o apoio social, as remessas do saber com a captação dos talentos podem ser também utilizadas a nível da medicina, educação, da formação superior, da investigação e a vários outros níveis.

“Para isso tudo é fundamental o movimento associativo da diáspora”, apontou o ministro que disse que a prioridade é fazer com que a prestação dos serviços públicos nacionais chegue directamente à diáspora através do digital.

C/ Inforpress

PUB

PUB

PUB

To Top