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Guerra: Rússia e Ucrânia em nova onda de negociações de Paz

Uma nova ronda de negociações presenciais entre a Rússia e a Ucrânia está a ser organizada pela Turquia, com vista a começar esta terça-feira, 29, o diálogo para pôr fim à Guerra.

De acordo com a Presidência Turca – citada pelo portal pt.euronews.com -, as delegações dos dois Países vão encontrar-se em Istambul, apesar das reservas quanto ao desfecho da actual situação.

A Neutralidade da Ucrânia, o abandono da ideia de aderir à NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e a garantia de que aquele País do Leste Europeu não vai desenvolver Armas Nucleares podem estar em cima da Mesa, mas Kiev disse antes e tem mantido não estar disponível para concessões em relação à Integridade Territorial.

As Exigência Russas, confirmou,  domingo, o porta-voz da Presidência Turca, Ibrahim Kalin, “não são realistas”, mas o País Anfitrião diz manter-se optimista.

O Presidente Turco, Recep Tayyip Erdogan, revelou que haverá um Encontro “com as Delegações antes da Reunião” e garantiu que as conversas telefónicas com Vladimir Putin e Volodymyr Zelenskyy “estão a ir numa direcção positiva”.

Já o ministro Russo dos Negócios Estrangeiros mostrou-se menos confiante no sucesso deste Encontro. Na segunda-feira, 28, Sergey Lavrov rejeitou a ideia de que esta seria uma boa altura para os Presidentes de ambos os Países se reunirem.

“A Crise na Ucrânia, o Conflito dentro da Ucrânia, tem vindo a fermentar há tanto tempo, durante todos estes anos, que um enorme número de problemas se acumularam, pelo que apenas nos reunimos e trocamos opiniões sobre o que pensamos e penso que isso, agora, seria contra-producente”, vinca o Chefe da Diplomacia Russa.

Situação

As Negociações entre a Rússia e a Ucrânia retomam esta terça-feira, um dia depois de as Forças Ucranianas terem anunciado a Recuperação da Cidade de Irpin e haver relatos de outras Zonas tomadas à Rússia.

As Autoridades falam 17 mil baixas no Exército Russo, nomeadamente, de altas patentes, apesar desse número carecer de confirmação independente.

A Precária Situação Humanitária de Mariupol agrava-se de dia para dia, com mais de 160 mil civis encurralados sem acesso a comida, água, eletricidade, ou medicamentos. Estima-se que na Cidade tenham morrido, até agora, pelo menos, cinco mil pessoas.

Envenenamento?

O oligarca Russo, Roman Abramovich, e dois Negociadores Ucranianos sofreram sintomas de um possível “envenenamento”.

Notícias ao conta que, depois de uma Reunião na Capital Ucraniana – a Cidade de Kíev -, o proprietário do

Chelsea, e, pelo menos, dois membros da Equipa de Negociadores Ucranianos apresentaram sintomas suspeitos.
Os sintomas, que apareceram nos três casos, foram olhos vermelhos, constantes e irritantes lágrimas e descamação da pele das mãos e do rosto.

Atribui-se este possível ataque a “elementos radicais em Moscovo”, que, alegadamente, tentaram boicotar estas Negociações. Apesar dos sintomas, nenhum dos envolvidos corre risco de vida.

Abramovich já viajou entre Lviv, Moscovo e outras Capitais nos seus esforços de Mediação entre os Governos Russo e Ucraniano, e embora se tenha encontrado com Volodimir Zelensky, o Presidente Ucraniano não foi afectado.

Por ora, é difícil determinar se este possível envenenamento foi causado por um agente químico ou biológico, ou por radiação electro-magnética.

Cessar-Fogo Humanitário

A Organização das Nações Unidas (ONU) busca implementar um “Cessar-Fogo Humanitário” entre Rússia e Ucrânia.

Segundo o Secretário-Geral da ONU,  o português Antonio Guterres – citado por odia.com.br -, anunciou que pediu a Martin Griffiths, seu Secretário-Geral-Adjunto para Assuntos Gumanitários, “que analise imediatamente com as Partes Envolvidas a possibilidade de Acordos e Convénios para um Cessar-Fogo Humanitário na Ucrânia”.
Ainda ele, o seu Adjunto retornaria de Cabul (a Capital do Afeganistão), onde está actualmente, e disse esperar que possa se dirigir “o quanto antes” a Moscovo e Kiev.

Guterres denunciou na ocasião, que,que “desde o Início da Invasão Russa há um mês, a Guerra levou à insensata perda de milhares de vidas, ao deslocamento de milhões de pessoas, essencialmente mulheres e crianças, e à sistemática destruição de infra-estruturas essenciais” na Ucrânia.

“Isso deve acabar”, insiste Guterres.
Na quinta-feira passada, a Assembleia Geral da ONU aprovou, por esmagadora maioria de 140 votos, uma Nova Resolução Não-Vinculante, que “exige” à Rússia o fim “imediato” de sua “Agressão” à Ucrânia.

Lembrete

O Conflito na Ucrânia começou no passado dia 24 de Fevereiro, após o Presidente Russo, Vladimir Putin, autorizar a Entrada de Tropas naquele País do Leste Europeu.

A Invasão culminou com ataques por ar, mar e terra, com diversas Cidades bombardeadas, inclusive a Capital Kiev.

É “a Maior Operação Militar” dentro de um País Europeu, desde a Segunda Guerra Mundial, entre 1939 a 1945.
A Ofensiva Russa provocou Clamor Internacional, com Reuniões de Emergência realizadas e previstas em vários Países, e pronunciamentos de diversos Líderes espalhados pelo Mundo, condenando o Ataque Russo à Ucrânia.

Em razão da Invasão, países como EUA, Reino Unido e o Bloco da União Europeia anunciaram Sanções Económicas contra a Rússia.

A Invasão ocorreu dois dias após o Governo Russo reconhecer a Independência de dois Territórios Separatistas, no Leste da Ucrânia – as Províncias de Donetsk e Luhansk. Com os ataques, Putin pretende alcançar uma desmilitarização e a eliminação dos “Nazistas”.

Outros motivos de Putin pela Invasão na Ucrânia dão-se pela aproximação do País ao Ocidente, com a possibilidade de fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte – Aliança Militar Internacional -, e da União Europeia, além da ambição de expandir o Território Russo, para aumentar o Poder de Influência na Região.

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