O PAICV manifestou solidariedade com o PAIGC, mostrando-se preocupado com a atual repressão vivida na Guiné-Bissau, após a sede do partido guineense ter sido invadida, na sexta-feira, durante a reunião do Comité Central do partido.
“O PAICV, tomando conhecimento deste facto, vem por esta via manifestar toda a sua solidariedade ao partido irmão da Guiné-Bissau, que estará a ser vítima de atos que poderão pôr em causa a liberdade de reunião e os normais direitos de os partidos políticos poderem funcionar livremente num Estado de Direito democrático”, lê-se em comunicados enviado às redações.
Para o PAICV, a violência deve ceder lugar ao diálogo e à negociação política no sentido de construir as bases de um “entendimento duradouro” e a promoção da “harmonia nacional” para se poder enfrentar a crise profunda que afeta o mundo neste momento.
Ainda apela à calma e a serenidade afim de preservar a integridade física das pessoas e garantir que o PAIGC possa realizar, com tranquilidade, o congresso do partido.
“O PAICV apela ainda o respeito integral pelos direitos constitucionais que garantam a liberdade de reunião e de expressão dos partidos políticos que constituem pilares fundamentais nas democracias como as nossas”, conclui o comunicado.
Recorde-se que a Polícia de Intervenção Rápida esteve na sexta-feira, 18, na sede do PAIGC, na Guiné-Bissau e disparou granadas de gás lacrimogéneo e obrigou os militantes a abandonarem a reunião do Comité Central que preparava a abertura do congresso.
O ato deixou um rasto de feridos e elevados dados materiais.
Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC, acusa o Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, de estar por detrás das ações.