A consultora do Ministério da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, Adelsa Tavares, defendeu hoje, na Cidade da Praia, a inclusão da língua gestual no currículo educativo cabo-verdiano. Um passo que vai permitir quebrar barreiras comunicativas.
“Espero que os responsáveis pela educação incluam a formação em língua gestual no currículo escolar cabo-verdiano”, perspectivou Adelsa Tavares, citada pela Inforpress, momentos antes do encontro para a apreciação e validação do módulo formativo da língua gestual cabo-verdiana básica.
Segundo a mesma, esse instrumento vai permitir a qualificação dos profissionais das diferentes vertentes sociais e facilitar a socialização entre as pessoas surdas e ouvintes.
“Isto vai permitir quebrar as barreiras comunicativas existentes entres elas”, notou Adelsa Tavares, frisando que, com este módulo, o país vai passar a contar com uma ferramenta de formação de profissionais em língua gestual cabo-verdiana.
“Trata-se de um módulo estruturado em três unidades formativas, onde estão os resultados de aprendizagem, os critérios de avaliação e os conteúdos que vão ser ministrados durante a formação”, explicou Adelsa Tavares.
Eliminar barreiras
O módulo formativo da língua gestual cabo-verdiana básica foi elaborado pelo Ministério da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, em parceria com a Unidade de Coordenação do Sistema Nacional de Qualificações e contou com o financiamento da “The Joint Office em Cabo Verde”.
Esse instrumento, segundo o executivo, visa contribuir para a eliminação de barreiras de comunicação e aproximar os mundos das pessoas surdas e ouvintes, em diferentes campos, nomeadamente social, educativo e cultural, tendo em conta o acesso dos surdos aos serviços públicos.
C/ Inforpress