Dia 14 da Guerra. Os Estados Unidos da América (EUA) rejeitaram a Proposta da Polónia para entregar os seus Caças Mig-29, numa Base Norte-Americana, na Alemanha, para depois serem usados pela Ucrânia.
Surpreendida com a Decisão de Varsóvia de tornar pública a Oferta – lê-se no portal pt.euronews.com -, a Administração Norte-Americana indicou, através do porta-voz do Departamento de Estado, John Kirby, que vai “continuar as Consultas com a Polónia e outros Aliados da Organização do tratado do Atlântico norte (NATO)”, mas que a Proposta Polaca não é “sustentável”.
A Polónia revelou, terça-feira, 8, estar disposta a transferir para a Base de Rammstein todos os seus Caças Mig-29, devendo receber, em troca, F-16 dos EUA.
Varsóvia não tinha especificado que o destino final seria as Forças Armadas Ucranianas, mas os Pilotos Ucranianos estão treinados para manobrar os Mig-29, de fabrico Russo.
A Ucrânia tem pedido, insistentemente, Assistência Militar e a Polónia já forneceu ao País Armas Defensivas, no passado, mas Varsóvia teme as consequências de um envio directo a Kiev e a NATO tem-se mostrado bastante hesitante, face a decisões que a poderiam colocar num Conflito Aberto com a Rússia.
Putin corta exportações de produtos e matérias-primas
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou, na terça-feira – reporta jn.pt -, um Decreto de “Medidas Especiais” para dar Garantias à Economia da Rússia e que Autoriza o Governo a proibir Exportações de produtos e matérias-primas.
As “Medidas Especiais” são tomadas para “garantir a segurança da Federação Russa e a Operação Ininterrupta da Indústria” e estará em vigor até 31 de Dezembro de 2022.
O Decreto proíbe “a exportação para fora da Federação Russa” de produtos e (ou) matérias-primas que serão especificadas numa Lista a ser aprovada pelo Governo Russo, nos próximos dois dias.
Essas Medidas não se aplicam a “produtos e (ou) matérias-primas exportadas da Rússia e (ou) importadas para o País, por cidadãos da Federação Russa, cidadãos estrangeiros e apátridas, para uso pessoal”.
Com este Decreto, o Presidente Vladimir Putin, confere ao Governo “a Autoridade para determinar os detalhes da aplicação das Medidas Planeadas”, quer para produtos ou matérias-primas, quer para pessoas físicas ou jurídicas.
EUA (também) embargam…
O Anúncio das “Medidas Especiais” da Rússia, ocorre depois do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ter revelado, também na terça-feira, o Embargo às Importações de Petróleo e Gás Russo para os EUA, em resposta à Invasão Russa da Ucrânia.
Biden disse que tal “significa que o Petróleo Russo não será aceite nos portos dos Estados Unidos”, num aumento das Sanções impostas à Rússia, para “dar outro forte Golpe a (Presidente Russo Vladimir) Putin”.
A Decisão foi tomada “em estreita coordenação” com os Aliados dos EUA, precisou. “Não ajudaremos a subsidiar a Guerra de Putin”, afirmou Biden.
Também na terça-feira, o vice-Primeiro-Ministro Russo, Alexander Novak, realçou que a Rússia tem todo o direito de tomar Acções, no caso de serem impostas Sanções às suas Exportações de Energia, como determinar um Embargo ao Gás que chega à Europa, através do Gasoduto “Nord Stream 1”.
Alexander Novak acrescentou que com Sanções Mútuas, em matéria de Energia, “ninguém ganha”, considerando que os Políticos Europeus, através das suas reivindicações e acusações, estão a empurrar a Rússia para estas Medidas.
Papa disponível “para qualquer Tipo de Mediação”
O Papa Francisco ofereceu-se para “fazer todo o possível” pela paz na Ucrânia, revelou, na terça-feira, o Cardeal número dois do Vaticano, Pietro Parolin, ao ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov.
De acordo com vaticannews.va, o Cardeal expressou a disponibilidade do Papa e do Vaticano “para qualquer Tipo de Mediação”, durante um telefonema a Lavrov. “O Cardeal expressou a profunda preocupação do Papa Francisco com a Guerra em curso na Ucrânia” e “reiterou a vontade da Santa Sé de fazer todo o possível para se colocar ao Serviço da Paz”, disse o porta-voz do Papa, Matteo Bruni, numa breve Nota.
Durante a Conversa, o Cardeal Parolin, secretário de Estado do Vaticano e Diplomata Veterano, repetiu o Apelo do Papa, lançado no domingo, 6, durante o “Angelus”, para “deter os Ataques Armados, garantir o funcionamento dos Corredores Humanitários para civis e socorristas e substituir a Violência Armada pela Negociação”, diz a Nota.
De acordo com um Comunicado de Imprensa, divulgado algumas horas antes pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia, “em relação à Preocupação de Parolin com a Situação na Ucrânia”, Lavrov explicou ao seu Interlocutor “a posição da Rússia em relação às causas e objetivos da Operação Militar Especial, que está sendo realizada na Ucrânia”.
O Papa Francisco enviou já dois cardeais para apoiar os milhares de Refugiados Ucranianos, que fogem para Hungria e Polónia, por causa do Bombardeamento.
AIEA preocupada…
Enquanto isso, a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) revela ter perdido o contacto com os Sistemas de Dados Nucleares de Chernobyl. Os responsáveis da Agência explicam que “a Central Nuclear não está a transmitir dados para o Órgão de Vigilância Atómica da ONU”.
A AIEA está também preocupada com os funcionários que trabalham na Instalação Ucraniana, que está desde o início da Invasão Russa sob o controlo de Moscovo.
Mais de 200 funcionários, técnicos e guardas estão presos no local e a trabalhar. A Central extinta fica dentro de uma Zona de Exclusão que abriga reactores desativados, bem como Instalações de Resíduos Radioactivos.
Com a transmissão remota de dados cortada, também o Regulador Ucraniano só consegue entrar em contacto com a Central por e-mail.
O diretor da Agência, Rafael Mariano Grossi, pediu “às Forças que estão no controlo efectivo do local, que facilitem, urgentemente, a rotação segura dos funcionários”.
Na semana passada, a Rússia também atacou e controlou a maior Central Atómica da Europa – a de Zaporizhzhia -, o que gerou acusações de “Terror Nuclear”.
Lembrete
O Conflito na Ucrânia começou no passado dia 24 de Fevereiro, após o Presidente Russo, Vladimir Putin, autorizar a Entrada de Tropas naquele País do Leste Europeu.
A Invasão culminou com ataques por ar, mar e terra, com diversas Cidades bombardeadas, inclusive a Capital Kiev.
É “a Maior Operação Militar” dentro de um País Europeu, desde a Segunda Guerra Mundial, entre 1939 a 1945.
A Ofensiva Russa provocou Clamor Internacional, com Reuniões de Emergência realizadas e previstas em vários Países, e pronunciamentos de diversos Líderes espalhados pelo Mundo, condenando o Ataque Russo à Ucrânia.
Em razão da Invasão, países como EUA, Reino Unido e o Bloco da União Europeia anunciaram Sanções Económicas contra a Rússia.
A Invasão ocorreu dois dias após o Governo Russo reconhecer a Independência de dois Territórios Separatistas, no Leste da Ucrânia – as Províncias de Donetsk e Luhansk. Com os ataques, Putin pretende alcançar uma desmilitarização e a eliminação dos “Nazistas”.
Outros motivos de Putin pela Invasão na Ucrânia dão-se pela aproximação do País ao Ocidente, com a possibilidade de fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte – Aliança Militar Internacional -, e da União Europeia, além da ambição de expandir o Território Russo, para aumentar o Poder de Influência na Região.