Dia 12 do Conflito. Moscovo vai permitir, esta segunda-feira, 7, a Abertura de Corredores Humanitários, na Capital Ucraniana (Kiev), e nas Cidades de Mariupol, Kharkiv e Sumi.
A Decisão – conta o portal jn.pt -, foi tomada “perante a Situação Humanitária catastrófica e o seu forte agravamento nas Cidades de Kiev, Kharkiv, Sumi e Mariupol”, justificaram as Forças Armadas Russas.
Um dos Corredores será aberto a partir de Kiev, passando pelas Cidades de Gostomel, chegando a Chernobyl e às Cidades Bielorrussas de Gden e Gomel, com o posterior Transporte, por Via Aérea, das pessoas deslocadas para a Federação Russa.
A partida de Mariupol será por duas vias. A primeira Rota segue para Rostov-on-Don, já na Rússia, e depois pelas vias Aérea, Ferroviária e Rodoviária, para destinos seleccionados ou Centros de Alojamento Temporário.
O segundo é entre Mariupol e Mangush, na Bacia de Donetsk.
A Rota de Kharkiv segue para Belgorod, já na Federação Russa, para depois fazer chegar os Refugiados, pelas vias Aérea, Ferroviária e Rodoviária, para Destinos Seleccionados ou Centros de Alojamento Temporário.
Já a partir de Sumi, estão estabelecidas duas Rotas: a primeira, para Belgorod; e a segunda, para Poltava, na Ucrânia.
China ajuda a mediar
O dia 12 da Guerra começa com esperança para os civis, que estão a morrer, com o anúncio de Corredores Humanitários, em quatro Cidades Ucranianas.
Enquanto a Rússia mantém Ataques e diversifica Estratégias, a China garante que “já está a mediar” o Conflito.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, garantiu, esta segunda-feira, 7, que Pequim “já está a mediar” o Conflito na Ucrânia e que vai fazer esforços para oferecer Assistência Humanitária, o que “não deve ser politizado”.
Enquanto isso, o Grupo de “Hackers Anonymous” reivindica “um Ataque Cibernético”, esta segunda-feira, sobre os principais Canais de Televisão Russos, transmitindo imagens não-editadas da Guerra na Ucrânia.
O ataque teve, também, entre os alvos, as Plataformas Audio-Visuais Russas “Wink” e “Ivi”, semelhantes à “Netflix”, que contam com milhares de assinantes.
AIEA preocupada
A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) expressou, neste domingo, 6 – de acordo com o dia.com.br -, sua “profunda preocupação” pelas informações de que a Comunicação com a Central Nuclear Ucraniana de Zaporizhzhia – a maior da Europa -, foi interrompida depois que a Rússia ocupou o local, na sexta-feira, 4.
A agência das Nações Unidas que supervisiona a Actividade Nuclear, declarou – em Comunicado -, que o Governo Ucraniano lhe informou que a Direcção da Central Nuclear, situada no Sudeste da Ucrânia, estava sob as ordens das Forças Russas.
Kiev também assinalou que os Militares Russos haviam cortado algumas Redes Móveis e de Internet e que as Linhas Telefónicas, o E-mail e o Fax tinham deixado de funcionar.
Segundo as Autoridades Ucranianas – citadas pela AIEA -, apenas era possível efectuar C omunicações por Telefone Celular, mas com qualidade baixa.
“Estou muito preocupado com os acontecimentos dos quais fui informado hoje”, declarou o director-geral da AIEA, o argentino Rafael Grossi, vincando que , “para poder explorar a Central com total Segurança, a Direcção e os Funcionários devem estar autorizados a efectuar seus trabalhos, vitais, em condições estáveis, sem ingerência indevida ou pressão externa”.
Nesse sentido, Grossi se disse “profundamente preocupado” pela “deterioração da Situação das Comunicações Vitais entre a Autoridade Reguladora e a Central Nuclear de Zaporizhzhia”.
A Central Ucraniana de Chernobyl foi tomada pelos Soldados Russos, em 24 de fevereiro.
Ao que tudo indica, os funcionários já não podem fazer Rotações de Turno, por isso Grossi insistiu na “importância de que os Trabalhadores possam descansar, para efectuar suas importantes tarefas, com total Segurança”.
A Ucrânia tem quatro Centrais Nucleares Activas, que produzem quase metade da EleCtricidade consumida naquele País do Leste Europeu, e vários Depósitos Nucleares como o de Chernobyl.
Tribuna de Haia começa Audiências
As primeiras Audiências sobre os alegados Crimes de Guerra cometidos na Ucrânia, decorrem, esta segunda-feira, 7, no Tribunal Internacional de Justiça das Nações Unidas, em Haia (na Holanda).
As Queixas foram apresentadas por Kiev, que garante que Moscovo lançou a Invasão do País, com base em Falsas Alegações de Actos de Genocídio, nas regiões de Lugansk e Donetsk.
As Autoridades Ucranianas dizem que, agora, sim, estão a ser cometidos Actos Genocidas, uma vez que grande parte dos Bombardeamentos está a atingir Áreas Civis.
Enquanto isso, o secretário de Estado Norte-Americano, Antony Blinken, está, esta segunda-feira, na Lituânia, uma paragem que faz parte de uma Viagem aos Países-Membros da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte), na Europa de Leste, e garantiu ter informações sobre Abusos Russos.
Antony Blinken afirmou, também, que existem “Relatos muito credíveis de ataques deliberados a civis, que constituem um Crime de Guerra. Existem Relatórios muito credíveis sobre o uso de determinadas Armas e o que tudo isto está a ser documentado”.
Porém, a Rússia contesta estas Acusações. O Ministério da Defesa de Moscovo diz que, durante o que chama de “Operação Militar Especial”, encontrou Provas de que Kiev estava a limpar os Vestígios de um Programa Biológico Militar, alegadamente, financiado pelos EUA”.
De relevar que, esta segunda-feira, no Sul da França estão reunidos os Responsáveis pelas Relações Externas da União Europeia. A Ajuda Humanitária, a Crise dos Refugiados e as Medidas para Ajudar os mais de quatro milhões de Ucranianos Deslocados estão no centro das discussões.
Lembrete
O Conflito na Ucrânia começou no pasdsado dia 24 de Fevereiro, após o Presidente Russo, Vladimir Putin, autorizar a Entrada de Tropas naquele País do Leste Europeu.
A Invasão culminou com ataques por ar, mar e terra, com diversas Cidades bombardeadas, inclusive a Capital Kiev.
É “a Maior Operação Militar” dentro de um País Europeu, desde a Segunda Guerra Mundial, entre 1939 a 1945.
A Ofensiva Russa provocou Clamor Internacional, com Reuniões de Emergência realizadas e previstas em vários Países, e pronunciamentos de diversos Líderes espalhados pelo Mundo, condenando o Ataque Russo à Ucrânia.
Em razão da Invasão, países como EUA, Reino Unido e o Bloco da União Europeia anunciaram Sanções Económicas contra a Rússia.
A Invasão ocorreu dois dias após o Governo Russo reconhecer a Independência de dois Territórios Separatistas, no Leste da Ucrânia – as Províncias de Donetsk e Luhansk. Com os ataques, Putin pretende alcançar uma desmilitarização e a eliminação dos “Nazistas”.
Outros motivos de Putin pela Invasão na Ucrânia dão-se pela aproximação do País ao Ocidente, com a possibilidade de fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte – Aliança Militar Internacional -, e da União Europeia, além da ambição de expandir o Território Russo, para aumentar o Poder de Influência na Região.