O Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas lança, esta manhã, o Plano Nacional de Leitura, no quadro da Conferência Internacional “Bibliotecas, Leitura e Literacia nos Nossos Dias”. Para a presidente da Biblioteca Nacional de Cabo Verde, que recebe o evento, o envolvimento da sociedade civil será fundamental para o sucesso da iniciativa.
Enquadrado no âmbito do projecto Ação de Sensibilização e Difusão do Plano Nacional de Leitura, financiado pela UNESCO, o plano tem como propósito estimular a produção intelectual e o gosto pela leitura, segundo a presidente do Instituto da Biblioteca Nacional.
Assume-se, segundo Matilde Santos, como factor de desenvolvimento intelectual, para facilitar o acesso à leitura e ao conhecimento, através da criação de pontes.
“Isto é, democratizar o acesso ao livro, desenvolver a economia do livro como estímulo à produção intelectual e ao mercado livreiro, implementar práticas pedagógicas e outras actividades que melhorem os níveis de literacia e estimulem a leitura em crianças, jovens e adultos, enriquecendo as competências dos atores sociais, desenvolvendo a ação dos professores e de mediadores de leitura, e estimulando a formação de famílias leitoras”, explicou.
O sucesso da implementação do plano nacional de leitura, segundo disse, depende do engajamento de todos os parceiros e actores sociais, nomeadamente do contributo das autarquias, das instituições do ensino, e da sociedade civil, este último que, conforme disse, comporta o desafio mais urgente, que é o de fazer uma socialização prévia, uma vez que o projecto corre o risco de fracassar se o envolvimento da sociedade civil não for suficiente.
Profissionais nacionais e estrangeiros, especializados nas áreas da biblioteca e da leitura, devem participar no acto de lançamento oficial do Plano Nacional de Leitura, presidido pelo ministro da Cultura e Indústrias Criativas, Abraão Vicente.
C/ RCV