O autor José Escolástico Ramos lança, no próximo dia 8 de março, a sua mais nova obra intitulada “A última e incrível viagem de Pentalina”, no Centro Cultural do Mindelo. A obra visa, paralelamente, “retratar a forma quase desumana como os passageiros são tratados durante as viagens marítimas inter-ilhas”.
A apresentação da obra, a cargo de Isabel Lobo, está marcada para às 18h30.
O livro escrito por José Ramos, um dos náufragos da “trágica e trepidante viagem” da Pentalina-B em 2014, visa paralelamente “retratar a forma quase desumana como os passageiros são tratados durante as viagens marítimas inter-ilhas, da fraca ou quase nula atuação das autoridades marítimas, de então (ano 2014), na reposição da normalidade”, segundo o prefácio escrito por Afonso José Zego.
Esta obra, motivada pela tragédia que passou o seu autor, visa segundo a mesma fonte, “homenagear todos quantos foram vítimas de naufrágio, especialmente os seus entes queridos que perderam a vida nos nossos mares”.
“Quem tem o privilégio de se deleitar com a leitura desta magnífica obra, num curto lapso de tempo apercebe, ilusoriamente, estar perante a assistência de um filme de ‘suspense’ ou perante a audiência de uma bela peça de teatro, à medida que, agradavelmente vai devorando capítulo a capítulo”, deixa saber.
“A última e incrível viagem de Pentalina” possui uma “multiplicidade temática e imprevisíveis vicissitudes da viagem percorrida”, que leva o leitor a crer em uma “seleta e agradável coletânea literária cruzando fronteiras em vez de um único livro de depoimento trágico-marítimo”.
A obra traz ainda assuntos e curiosidades de interesse múltiplo, nomeadamente historiadores, marítimos, religiosos, políticos, sociólogos, poetas, filósofos, dramaturgos, linguistas, gestores, comerciantes, agricultores e outros.
Sobre o autor
José Escolástico Ramos Gomes nasceu a 10 de fevereiro de 1952 na ilha de São Nicolau e fez os seus estudos liceais em São Vicente, onde residiu até 1970. No mesmo ano, regressou à sua ilha natal para exercer funções de professor primário, até 1975.
Emigrou como marítimo para a Europa, em meados de 1975, tendo regressado a São Nicolau em 1979, para retomar a docência.
Em finais de 1980, ingressou no Banco de Cabo Verde, na sua terra natal, tendo sido transferido, em 1982, para a Agência de São Vicente e, de seguida, para Boa Vista até 2001, ano da sua aposentação.
De 2001 a 2006, foi diretor da empresa imobiliária italiana, CABOPADANA, sediada na Boa Vista.
A sua carreira literária nasceu em prosa e poesia em 1964 quando tinha ainda 12 anos de idade. A sua primeira obra poética foi “Lagrimas da Minha Alma”, lançada em março de 2018.