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Guerra na Europa: Presidente da Ucrânia lembra Chernobyl e acusa Rússia de “Terrorismo Nuclear”

Imagem: DOL

Nono dia de Guerra. O Presidente Ucraniano,   Volodymyr Zelensky, acusa Vladimir Putin de “Terrorismo Nuclear” e volta a pedir Apoio Europeu para impedir “Nova Tragédia Nuclear, seis vezes pior” do que a de Chernobyl.

Na sequência do Ataque da madrugada desta sexta-feira, 4, à Central Nuclear de Zaporizhzhia, que, de acordo com as mais recentes informações oficiais ucranianas e norte-americanas – reportadas pelo portal jn.pt -, não provocou um aumento dos Níveis de Radiação na zona, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, voltou a apelar por Apoio Internacional.

“A Europa tem de acordar agora. A maior Central Nuclear da Europa está a arder. Tanques russos estão a bombardear Unidades Nucleares. Os Tanques têm visão térmica, por isso eles sabem onde estão a bombardear. Prepararam-se para isso”, denunciou o Presidente Ucraniano, numa nova Comunicação ao País e ao Mundo, em que lembrou o Acidente Nuclear de 1986, vincando que “a Rússia quer repetir Chernobyl, mas seis vezes pior”.

E prosseguiu: “Dirijo-me a todos os Ucranianos, a todos os Europeus e a todas as pessoas que conhecem a palavra Chernobyl e que sabem quanto sofrimento e vítimas foram causados pela Explosão da Central Nuclear. Foi um Desastre Global. Centenas de milhares de pessoas lutaram contra as consequências. Dezenas de milhares de pessoas foram retiradas. A Rússia quer repetir isso, mas seis vezes pior”, assegurou, lembrando que “existem seis Reactores de Energia” na Central de Zaporizhzhia e que a Tragédia de Chernobyl foi provocada apenas pela explosão de um só.

O Presidente Ucraniano lembrou, também, que esta é a primeira vez na História da Humanidade que uma Nação bombardeia uma Central Nuclear, acusando “o Estado Terrorista” da Rússia, de “cometer Terrorismo Nuclear”.

“Os propagandistas Russos ameaçaram cobrir o Mundo com Cinzas Nucleares. Agora não é uma ameaça. É uma realidade. Não sabemos como vai acabar o Incêndio na Central nem quando vai acontecer uma explosão. Se Deus quiser, não vai acontecer”, acrescentou, referindo, ainda, que a Ucrânia tem 15 Unidades Nucleares. “Se houver uma explosão, será o fim de todos nós, o fim da Europa, a evacuação da Europa.

Ainda ele, “só a sua acção imediata pode parar as Tropas Russas e evitar a morte da Europa pelo desastre numa Central Nuclear”.

Os Presidentes dos Estados Unidos da América (EUA) e da Ucrânia, notadamente: Joe Bide e  Volodymyr Zelensky, pediram, em conjunto, à Rússia, “que ponha fim às Actividades Militares” na Zona da Central e permita o acesso dos Serviços de Emergência ao local”.

Joe Biden e Volodymyr Zelensky falaram depois de ter deflagrado o Incêndio na Central Nuclear, na sequência de um Bombardeamento Russo – de acordo com um Comunicado da Casa Branca.

Incêndio controlado

 O Incêndio na Maior Central Nuclear da Europa, em Zaporijjia, na Ucrânia, está apagado, segundo os Bombeiros.

A Central esteve a arder durante a noite, depois de bombardeada pelas Forças da Rússia.

A Agência Internacional de Energia Atómica diz que nenhuma área sensível da Central foi atingida e os Níveis de Radiação não se alteraram, mas se os Ataques continuarem, isso pode causar um “Desastre Nuclear” maior que o de Chernobyl.

Na noite de quinta para esta sexta-feira, as sirenes fizeram-se ouvir um pouco por todo o País, incluindo na Capital, Kiev.

A Coluna de Veículos Militares, com dezenas de quilómetros de comprimento, continua, praticamente parada, às portas da Capital, e está assim há vários dias, mesmo se as imagens enviadas pelo Ministério Russo da Defesa mostram os carros em movimento. Este facto levanta várias questões sobre o estado dos Veículos, mas também da Aviação Ucraniana, já que, até agora, a coluna não foi alvo de bombardeamentos.

Enquanto isso, a Aviação Russa bombardeou vários edifícios na Cidade de Chernihiv, perto de Kiev, incluindo um Armazém Petrolífero. Os Ataques fizeram, pelo menos, 33 mortos civis e 18 feridos.

Também em Kiev, vários edifícios foram bombardeados, incluindo um armazém que esteve a arder durante várias horas. Segundo o Ministério das Emergências, trata-se de um Complexo com dez mil metros quadrados. Não há vítimas conhecidas.

A Cidade de Kherson, no Sul do País, foi a primeira a cair inteiramente em Controlo Russo. As Autoridades Locais informaram que as Forças da Rússia estão a controlar os principais Edifícios Governamentais. As últimas imagens da Cidade mostram pessoas a fazer longas filas, para poderem comprar pão.

Tropas da NATO na Região

As Potências da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) reforçam a presença nos Países vizinhos da Ucrânia.

Os EUA já aumentaram o Contingente na Polónia. Os Militares na Base de Arlamow, perto da Fronteira, estão a fazer vários Exercícios.

Já a França concentra as Tropas na Roménia. Mais de 500 Militares Franceses chegaram a uma Base no Mar Negro, para reforçar o Flanco Leste da Aliança Atlântica.

Trans impedidas de deixar Ucrânia

As mulheres Trans estão sendo impedidas de deixarem a Ucrânia, após a invasão da Rússia, divulgou a Revista Norte-Americana “Vice”.

Segundo a Publicação, elas não conseguiram deixar o País, uma vez que os seus documentos apontam suas identificações de Género como “Masculino” e ainda usarem os seus “Nomes de Baptismo”.

Desde a Invasão da Rússia, a Ucrânia determinou que Homens entre 18 a 60 anos não podem deixar o País. 

A Cantora Trans Ucraniana, Zi Faámelu, contou à Revista “Vice”,  que se vê presa em sua casa e com medo de tentar sair. “Pessoas Trans agora se sentem esquecidas, negligenciadas, abandonadas. Nós, realmente, somos invisíveis no momento. Nós precisamos das Nações Unidas, nós precisamos de Organizações dos Direitos Humanos. Precisamos de pessoas para nos ajudar a sermos percebidos”, clamou. 

Economia Russa despenca    

A Dívida da Rússia é, agora, classificada como “Lixo”.

As Agências de Notação Moody’s e Fitch cortaram, quinta-feira, 3, a Classificação da Dívida Soberana Russa, colocando-a no nível de “Lixo”, seguindo, assim, à Standard & Poor’s.

As três principais Agências de Notação – a Nível Mundial -, justificam os cortes com o impacto que a Invasão da Ucrânia e as Sanções Económicas impostas à Rússia, por grande parte dos Países do Mundo, vão ter na Economia.

As Agências acreditam que o País pode deixar de ter capacidade para cumprir o Pagamento dos Empréstimos Internacionais.

A Bolsa de valores de Moscovo permanece encerrada, pelo quinto dia consecutivo e o Rublo Russo – a Moeda nacional -, perdeu perto de  20 por cento face ao Dólar Norte-Americano, valendo, agora, menos de 1 Cêntimo.

Na quarta-feira, 2, o Grupo Sberbank, o principal Banco da Rússia, anunciou a saída do Mercado Europeu, após ter sido abrangido pelas Sanções Internacionais.

Lembrete

O Conflito na Ucrânia começou no pasdsado dia 24 de Fevereiro, após o Presidente Russo, Vladimir Putin, autorizar a Entrada de Tropas naquele País do Leste Europeu.

A Invasão culminou com ataques por ar, mar e terra, com diversas Cidades bombardeadas, inclusive a Capital Kiev.

É “a Maior Operação Militar” dentro de um País Europeu, desde a Segunda Guerra Mundial, entre 1939 a 1945.

A Ofensiva Russa provocou Clamor Internacional, com Reuniões de Emergência realizadas e previstas em vários Países, e pronunciamentos de diversos Líderes espalhados pelo Mundo, condenando o Ataque Russo à Ucrânia.

Em razão da Invasão, países como EUA, Reino Unido e o Bloco da União Europeia anunciaram Sanções Económicas contra a Rússia.

A Invasão ocorreu dois dias após o Governo Russo reconhecer a Independência de dois Territórios Separatistas, no Leste da Ucrânia – as Províncias de Donetsk e Luhansk. Com os ataques, Putin pretende alcançar uma desmilitarização e a eliminação dos “Nazistas”.

Outros motivos de Putin pela Invasão na Ucrânia dão-se pela aproximação do País ao Ocidente, com a possibilidade de fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte – Aliança Militar Internacional -, e da União Europeia, além da ambição de expandir o Território Russo, para aumentar o Poder de Influência na Região.

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