Abraão Vicente visitou esta quinta-feira,3, a Cabnave e avançou que o governo já deu aval para a procura de financiamento para a sua remodelação e 450 mil contos para colmatar os problemas atuais.
“Nos próximos tempos, temos dois parâmetros: o investimento, que já foi calculado em cerca de 850 mil contos cabo-verdianos, para total remodelação e reforma da Cabnave e um investimento de 450 mil contos para colmatar os problemas actuais e fazer com que uma obra paulatina comece a fazer uma reforma da Cabnave, sempre na perspetiva de que não podemos fechar a Cabnave e fazer a reforma”, defendeu Abraão Vicente.
Segundo o ministro do mar, ninguém irá investir nos estaleiros navais, sabendo que a Cabnave foi fundada nos anos 80 e teve uma única intervenção em 95 /96 e neste momento está a trabalhar muito abaixo daquilo que é a sua potencialidade.
Abraão Vicente diz mesmo que qualquer navio que tiver um acidente nas águas cabo-verdianas com petróleo ou com um embate causará problemas e essa plataforma é importante, para além de ser fundamental para os transportes inter-ilhas.
Abraão Vicente fez estas declarações no término de uma visita da embaixadora da União Europeia, Carla Grijó, à zona de Saragaça, projectada para receber o desenvolvimento da Zona Económica Especial Marítima de São Vicente (ZEEMSV).
Pelo que, explicou, também estiveram na Cabnave para perceber o estado da situação e a necessidade de, independentemente de se avançar ou não com a ZEEMSV, em Saragaça, haver um investimento de fundo nos estaleiros navais.
Conforme o governante, as obras vão acontecer independentemente da concretização do projecto na Saragaça, porque a ZEEMSV não vai acontecer nos próximos dois, três ou quatro anos.
Portanto, acrescentou, terão de “obrigatoriamente fazer um investimento na Cabnave” se quiserem “garantir a segurança de conexão inter-ilhas”.
c/RCV