Nesta terça-feira de Carnaval, que desde há dois anos para cá fica marcada pelas avenidas vazias, sem desfiles, devido à covid-19, o A NAÇÃO online traz-lhe o olhar da rainha de bateria oficial do grupo carnavalesco “Cruzeiros do Norte”, em São Vicente, Brodjinha Gomes. Esta musa do carnaval mindelense, diz sentir “um vazio” sem os desfiles, e defende não existir um padrão para se subir no salto e pisar a avenida. O segredo é a força, o poder e o samba no pé.
Brodjinha Gomes foi eleita rainha da bateria, por duas vezes consecutivas, em 2019 e 2020.
A vida de Andrea “Brodjinha” Gomes mudou por completo depois de pisar na Rua de Lisboa como rainha de bateria, em 2018, pelo “Cruzeiros do Norte”. Em 2019 e 2020 viria a conquistar, consecutivamente, o título de rainha de bateria do carnaval mindelense, ganhando assim reconhecimento pelo poder e ousadia exalados na avenida.
Aliás, são esses sentimentos que Brodjinha procura transmitir aos foliões. O poder, a ousadia, a força e o samba no pé, muito além de um corpo bonito.
“Sempre vi muito poder nas rainhas de bateria e queria ter esse mesmo poder. Para mim qualquer pessoa pode ser rainha de bateria, não há padrão de beleza. É muito além de um corpo bonito, é sobre ter samba no pé”, conta Brodjinha ao A Nação online.
Intensidade
Subir no salto e desfilar por horas é para esta musa do carnaval um ato de amor e de dedicação à festa do rei momo, pois, como diz, mesmo com dores mantém-se firme e rendida à paixão pelo carnaval. “É um sentimento que não se consegue explicar. Eu vivo o carnaval com intensidade, com uma explosão de alegria, é muito difícil explicar por palavras a paixão que tenho pelo carnaval”, diz, eufórica.
É por isso que os dois anos sem desfiles de carnaval devido à covid-19 têm sido “duros, tristes e vazios” para esta rainha de bateria, mas “compreensível”, como diz.
Porém, apesar da ausência de desfiles oficiais, Brodjinha Gomes tem participado de eventos de demonstração de samba no país e no exterior, aproveitando a fama que o reinado da bateria lhe trouxe.
Hoje, a musa vive exclusivamente da imagem, como modelo fotográfica e na participação em eventos, e espera para o ano o regresso do carnaval para voltar a defender o título e a bandeira do “Cruzeiros do Norte”.