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Economia

Aguabrava com prejuízo de 120 mil contos no fornecimento de água para a agricultura 

Imagem:marketingagricola.pt

Nos últimos quatro anos, a Empresa Intermunicipal de Água (Aguabrava) acumulou um prejuízo de 120 mil contos, no fornecimento de água para a agricultura e pecuária.

Na última reunião do conselho da administração da Águabrava foi apreciada a actual situação do fornecimento de água para a rega nas ilhas do Fogo e Brava.

Da apresentação detalhada da situação, os conselheiros concluíram que a empresa, nos últimos três anos, vem realizando “esforços importante” para garantir a previsibilidade e regularidade no fornecimento de água de rega, traduzido num volume substancial de água fornecido para actividades da agricultura e pecuária.  

“De 2018 a 2021 praticamente duplicou-se o volume de água para rega, passando de cerca de 138 mil metros cúbicos, em 2018, para 370 mil metros cúbicos em 2021”, disse.

A média anual dos encargos financeiros suportados pela empresa, resultando do fornecimento de água para agricultura e pecuária, situa-se na ordem dos 30 mil contos, referiu o administrador/delegado, Rui Évora.

Prejuízos

Esta fonte apontou que, tendo em conta a substancial diferença dos preços de venda de água para agricultura e pecuária e de custo de produção, estes esforços que traduziram num aumento substancial do volume de água “resultaram em prejuízos importantes” para a empresa, e que vêm sendo suportados exclusivamente pela empresa.

Para o administrador/delegado da Águabrava, o preço de venda de água para agricultura e pecuária é uma medida de política de carácter social tendo em conta que se situa “muito abaixo do preço real” da produção de água.

“Sendo uma medida de política de carácter social, os encargos financeiros não devem ser suportados, exclusivamente, pela empresa”, declarou Rui Évora, salientando que o conselho de administração, ciente desta situação, recomendou a administração executiva para continuar a insistir e a promover diligência junto da Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANAS), para que seja atribuída uma compensação financeira pela gestão de água de rega.

A compensação, justificou, é para evitar que se comprometa a viabilidade económica e financeira da empresa e que se estrangule o desenvolvimento do sector agro-pecuário, que constitui “uma das maiores potencialidades” das ilhas do Fogo e Brava.

C/ Inforpress 

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