O presidente do MpD, Ulisses Correia e Silva, afirmou, esta sexta-feira, que o partido deve assumir o protagonismo de debates em temas de geopolítica e desafiou todas as estruturas nacionais e locais a terem capacidade de liderança.
Ulisses Correia e Silva presidiu a abertura do ciclo de conferências do Movimento para a Democracia (MpD) para ouvir Cabo Verde, onde defendeu que o partido que sustenta o Governo, actualmente, deverá estar a liderar e estar na vanguarda do debate político.
“O contexto mundial e de Cabo Verde hoje é bem diferente do de 15 ou 30 anos atrás. O partido, em termos programáticos, de organização e acção política, tem necessariamente de se adaptar aos novos tempos. O partido deverá assumir protagonismo de debates em temas de geopolítica”, disse.
O líder do partido no poder sustentou que, actualmente, está-se num momento particular da geopolítica, sublinhando que temas político, económicos, sociais e ambientais, sejam eles conjunturais ou estruturais são importantes para o país e sua inserção no mundo.
“É um grande desafio que nós lançamos a todas as nossas estruturas do sistema. Estruturas nacionais e locais do MpD, de termos essa capacidade de liderança por ideias, liderança por soluções, por empatia e atractividade e fazer crescer aquilo que é o nosso papel na sociedade, que é servir”, realçou.
Na sua perspectiva é necessário saber conjugar o bom combate político, mas defende que os actores do MpD não devem ser apenas reactivos face aquilo que também é essencial.
“Portanto é sermos activos, afirmativos na defesa do projecto, do programa político transformador que o MpD tem para Cabo Verde, para cada uma das ilhas, cada um dos nossos concelhos e para as comunidades emigradas”, frisou.
O líder do MpD salientou ainda que o partido, que no dia 14 de Março completa 32 anos, esteve sempre à frente das grandes reformas políticas, económicas e sociais em Cabo Verde e que deve estar na vanguarda dos processos sociais e políticos.
“Orgulhamo-nos do percurso de 32 anos ao serviço da democracia e do desenvolvimento do país, mas esse percurso só aumenta as nossas responsabilidades”, disse explicando que este ciclo de conferências, iniciado hoje na Praia, e que vai ser levado para todas as ilhas e para diáspora, tem o propósito de analisar o estado do partido e prepará-lo para enfrentar os novos tempos para melhor servir Cabo verde.
“Este exercício exige capacidade, tempo e disponibilidade de ouvir, dialogar, obter contributos quer a nível dos nossos militantes simpatizantes do partido e personalidades da sociedade civil no país e na diáspora”, realçou.
A conferência inaugural que teve como tema os “Desafios dos Partidos Políticos no séc. XXI” teve como conferencistas Paulo Portas, de Portugal, e Jacinto Santos, de Cabo Verde.
C/ Inforpress