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Guerra: Ucrânia condena ataque a escola e orfanato

A Ucrânia condenou, esta sexta-feira, 25, um bombardeamento russo a uma escola e orfanato. Pelo menos 137 ucranianos morreram no primeiro dia da invasão russa e mais de 160 ficaram feridos.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia denunciou, através do Twitter, o bombardeamento, por parte de tropas russas, de uma escola e de um orfanato ucranianos.

“Os ataques russos de hoje a um jardim-de-infância e a um orfanato são um crime de guerra e violam o Estatuto de Roma. Juntamente com o Ministério Público, estamos a recolher este e outros factos, que enviaremos imediatamente para Haia”, lê-se na publicação.

Ucrânia luta sozinho

O Presidente ucraniano disse hoje que a Ucrânia está a defender-se sozinha, e lamentou que as “forças mais poderosas do mundo estão a observar de longe”, sustentando que as sanções internacionais são insuficientes.

“Nós defendemos o nosso Estado sozinhos. As forças mais poderosas do mundo estão a observar de longe”, afirmou Volodymyr Zelensky.

Num discurso dirigido à nação, o chefe de Estado ucraniano acrescentou: “Será que as sanções de ontem [quinta-feira] persuadiram a Rússia? Sentimos nos nossos céus e na nossa terra que isto não é suficiente”.

Os chefes de Governo e de Estado da União Europeia acordaram sanções que serão formalmente adoptadas hoje, num Conselho extraordinário de ministros dos Negócios Estrangeiros, em Bruxelas.

Rússia interdita aviões do Reino Unido

A autoridade da aviação civil da Rússia proibiu todos os voos do Reino Unido para e sobre a Rússia, como retaliação à proibição britânica da companhia aérea russa Aeroflot no país europeu.

O espaço aéreo russo está proibido a todos os aviões “de propriedade, alugados ou operados por qualquer pessoa ligada ao Reino Unido” e àquelos registados nesse país, anunciou o regulador aéreo russo Rosaviatsia, em comunicado.

A proibição também se aplica a voos em trânsito sobre o território russo.

Na quinta-feira, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou que ia proibir a Aeroflot no Reino Unido e congelar os activos do banco VTB, num novo pacote de sanções para castigar a Rússia pela invasão da Ucrânia.

Numa declaração no parlamento, Johnson disse que as novas sanções vão “excluir totalmente os bancos russos do sistema financeiro britânico”, impedindo que os pagamentos passem pelo Reino Unido.

Putin diz à China que está disposto a negociações

Vladimir Putin disse hoje ao seu homólogo chinês, Xi Jinping, que está disposto a realizar “negociações de alto nível” com a Ucrânia, após ter lançado uma operação militar contra aquele país.

Citado pela televisão estatal CCTV, Xi Jinping apelou a que Kiev e Moscovo “resolvam os seus problemas por meio de negociações”.

O líder chinês acrescentou que Pequim “respeita a soberania e a integridade territorial dos Estados”, mas ressalvou que é “importante respeitar as preocupações legítimas de segurança de todos os países envolvidos”.

A diplomacia chinesa tem afirmado que “compreende” as preocupações russas com a segurança, mas também que “respeita a soberania e a integridade territorial de todos os países”, uma posição considerada “discreta”, ou mesmo contraditória, numa tentativa de equilibrar as relações políticas comerciais com ambos os lados.

Início da guerra

A Rússia lançou, na quinta-feira, de madrugada, uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos mais de 120 mortos, incluindo civis, e centenas de feridos, em território ucraniano, segundo Kiev.

A ONU deu conta de 100.000 deslocados no primeiro dia de combates.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa “desmilitarizar e desnazificar” o seu vizinho, e que era a única maneira de o país se defender, precisando que a ofensiva durará o tempo necessário, dependendo de seus “resultados” e “relevância”.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.

 C/ Agências internacionais

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