“Paulino Vieira”, “Piduca” e “Julinha”, três obras biográficas, escritas pelas mãos do artista e professor Agostinho Lopes, serão apresentadas, pela primeira vez em Cabo Verde, esta quinta-feira, pelas 17h, na Biblioteca Nacional.
“Mestre Paulino Vieira” é, segundo o autor, um desabado de Paulino Vieira sobre a sua tristeza e traumas, que traz uma nova abordagem do compositor, cantor e multi-instrumentista cabo-verdiano, muitas vezes incompreendido pela sociedade.
“Piduca”, o segundo título, retrata a vida de um homem cabo-verdiano que deixou a sua ilha, São Vicente, em 1964, aos 22 anos, em busca de uma vida melhor.
“Deu um contributo indescritível à comunidade cabo-verdiana de Roterdão, nos campos social, político e esportivo. Foi um dos fundadores da UCID”, descreveu o artista.
Já o livro “Julinha”, na mesma linha, mostra o exemplo de uma mulher cabo-verdiana que emigrou para a Itália, e depois para Roterdão, superando adversidades como o abuso e violência masculina, discriminação, entre outros. Foi ainda uma figura do carnaval de Roterdão durante 27 anos.
Apresentados na diáspora
Os três livros já foram apresentados na Holanda, Itália e Luxemburgo.
Na Praia, pela primeira vez, Agostinho Santos promete uma apresentação interativa e fora do padrão comum.
O autor é natural da ilha de São Nicolau e reside na Holanda desde os seus 12 anos de idade.
Formado em Recursos Humanos, Gestão de Projectos e Segurança de Empresas, e pós graduado em Gestão de projectos, Prestação de assistência social e Recursos Humanos, foi um dos primeiros cabo-verdianos a trabalhar no Ministério do Reino dos Países Baixos em 2002 e tornou-se o primeiro deputado cabo-verdiano a integrar a Câmara Municipal da Holanda.
Entre outras funções, trabalhou como realizador e apresentador da rádio e televisão local em Roterdão, trabalhou no instituto governamental holandês de Trabalho e Segurança Social, além de outras experiências nas áreas de ensino, música, teatro, poesia, entre outros.