O representante da Rússia no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), Vassily Nebenzia, garante que o País “não quer um banho de sangue em Donbass”, Região do Leste da Ucrânia e que continua focado e aberto à Diplomacia.
Numa Reunião de Emergência do Conselho de Segurança da ONU sobre a Ucrânia, realizada na noite de segunda-feiora, 21 – reporta o portal jn.pt -, o embaixador Russo assegurou que há “um pânico infundado sobre uma Invasão da Ucrânia” nos Países Ocidentais.
“Continuamos abertos à Diplomacia, a uma Solução Diplomática”, assegurou Vassily Nebenzia, numa rara Reunião nocturna do Órgão mais poderoso da ONU.
A Reunião foi convocada a pedido da Ucrânia, em resposta à Decisão do Presidente Russo, Vladimir Putin, de reconhecer a Independência das Repúblicas de Donetsk e Lugansk.
Putin ordenou, ainda, a Mobilização do Exército Russo para a “Manutenção da Paz” nos Territórios Separatistas pró-Russos, no Leste da Ucrânia.
Reacções
A maioria dos membros do Conselho de Segurança condenou a Decisão do Presidente Russo, mas a Reunião terminou sem nenhum acordo e sem que o Boco de Países Aliados dos Estados Unidos da América (EUA) anunciasse Novas Sanções contra a Rússia.
“Planeamos anunciar Novas Sanções contra a Rússia, amanhã (NR: refere-se a esta terça-feira, 22), em resposta às decisões e acções tomadas hoje por Moscovo. Estamos a coordenar este Anúncio, com nossos aliados e parceiros”, disse um porta-voz da Casa Branca.
Na segunda-feira, o Presidente Norte-Americano, Joe Biden, já tinha emitido uma Ordem Executiva que proíbe qualquer novo investimento, comércio ou financiamento dos EUA nas Regiões de Donetsk e Lugansk.
Nos últimos dias, o Clima de Tensão agravou-se ainda mais, perante o aumento dos Confrontos entre o Exército da Ucrânia e os Separatistas pró-Russos, no Leste do País, na Região do Donbass, onde a Guerra entre estas duas faCções se prolonga desde 2014.
China pede “contenção”
A China pediu “moderação”, esta terça-feira, 22, a todas as Partes Envolvidas na Crise Ucraniana, após o Anúncio do Presidente Russo, Vladimir Putin, do Envio de Tropas para duas Regiões Separatistas na Ucrânia.
“Todas as Partes Envolvidas devem exercer moderação e evitar qualquer Acção que possa alimentar as Tensões”, disse Zhang Jun, embaixador da China na ONU, na Reunião de Emergência do Conselho de Segurança sobre a Ucrânia.
Por sua vez, a Secretária-Geral-Adjunta da ONU para os Assuntos Políticos, Rosemary DiCarlo, “lamentou profundamente” a Iniciativa Russa.
“As próximas horas e [os próximos] dias serão críticos. O risco de um Grande Conflito é real e deve ser evitado a todo o custo”, disse a Norte-Americana.
Na segunda-feira, Putin assinou dois Decretos que pedem ao Ministério da Defesa Russo que “as Forças Armadas da Rússia [assumam] as funções de Manutenção da Paz no Território” das “Repúblicas Populares” de Donetsk e Lugansk.
O anúncio de Putin gerou, de forma imediata, uma onda de condenações da parte dos principais actores internacionais implicados na Crise da Ucrânia e que apoiam Kiev, nomeadamente: os Estados Unidos, a NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e a União Europeia, assim como da Austrália, Canadá e Japão.