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Economia

130 mil toneladas de combustível em operações de bunkering movimentadas em 2021

Os Portos de Cabo Verde movimentaram cerca de 130 mil toneladas de combustível em operações de bunkering em 2021, marcando a recuperação deste segmento do mercado portuário, após um decréscimo em 2020, causado pela pandemia da covid-19.

 Segundo o presidente do conselho de administração da Enapor, Alcídio Lopes, em entrevista à Inforpress, esta melhoria deveu-se à aposta das petrolíferas em instalações, em equipamentos e em barcos, e das condições fornecidas pela Enapor para que este sector de abastecimento de combustível cresça alinhando-se à aposta de ter um “país fornecedor de serviços”.

“Em 2020 houve um decréscimo, como todos os sectores, em relação a 2019. Na altura, pelos números que temos, passou-se de 180 mil toneladas de fornecimentos para o bunkering para cerca de metade, ou seja, 88 mil toneladas. Em 2021 vemos uma recuperação e já se atingiu cerca de 130 mil toneladas de fornecimentos. Significa uma retoma dessa componente”, afirmou.

Segundo esse responsável, apesar de o bunkering ser um serviço fornecido pelas petrolíferas, a Enapor tem melhorado as suas infra-estruturas e capacidade de acolhimento e também influenciado pela via dos serviços ou das tarifas que aplica.

“Por exemplo, desde há seis anos não existe qualquer tarifa aplicada ao fornecimento do produto aos navios pelas petrolíferas. Isentamos totalmente a cobrança de qualquer tarifa sobre o produto que é   fornecido. E também para os navios que aportam com o propósito de se abastecerem há uma redução significativa relativamente aos tarifários de entrada nos portos”, informou.

Aposta no sector do pescado

No transbordo de pescado, segundo Alcídio Lopes, re-exportaram cerca de 36 mil toneladas em 2021.

“É importante esse segmento do pescado porque dá trabalho a muita gente e dá trabalho portuário significativo. Portanto, é uma aposta que está no nosso portfólio em termos de planificação e, por isso, temos todo o interesse em criar as condições para continuar a melhorar a nossa capacidade de prestação desses segmentos”, destacou a mesma fonte.

Contentores

Em relação aos contentores, revelou o responsável, também há o propósito dos portos serem pontos de transbordo. Isto significa, explicou, ter melhores condições infraestruturais e ter operadores globais que fazem isso acontecer.

“Ainda os nossos números são incipientes porque temos tido algum transbordo para algum outro ponto mas há situações pontuais que, de facto, ainda está longe do propósito de sermos um País plataforma”, avançou Alcídio Lopes, para quem, isso exige outras infra-estruturas, como a Zona Económica Especial Marítima em São Vicente (ZEEMSV), com projectos futuros, relativamente à deslocalização e desenvolvimento de futuros terminais na zona de Saragaça.

Segundo a mesma fonte, o objectivo da Enapor é ser uma referência no Atlântico Médio em termos de prestação de serviços, desde os serviços portuários ao shipping, mas isso requer robustez e ter outras redes.

Daí, explicou, a aposta do Governo na ZEEMSV, cujo objectivo é ter uma plataforma “com capacidade para atrair serviços, mais bunkering, mais transbordo, mais passageiros, mais carga e ser ponto de reencaminhamento e de produção de carga”.

C/ Inforpress

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