O projecto de marcação de rede de percursos pedestres da ilha de Santiago vai ter uma extensão de 340 quilómetros, 27 rotas complementares e ramificações em todos os municípios.
A apresentação do projecto, avaliado em cerca de 10 mil contos, foi feita esta sexta-feira, 18, na Cidade da Praia, pelo Instituto do Turismo de Cabo Verde (ITCV) e pelo consórcio responsável pela sua execução, que aponta a marcação física final dos percursos para o mês Junho.
Em declaração aos jornalistas, o representante do consórcio de execução do projecto, Bruno Rodrigues, precisou que se trata de um percurso que liga a ilha de Santiago de Norte a Sul, ligando o Tarrafal à Cidade Velha, passando por Rui Vaz, Assomada e Serra Malagueta.
“Dessa linha estruturante vão sair vários percursos de ligação, que juntam essa espinha dorsal a outras localidades como Pedra Badejo, Calheta e Cidade da Praia, assim como vários percursos complementares que ligam zonas de potencial histórico, cultural e natural”, acrescentou.
Rede
Essa rede integra ainda os caminhos já existentes nos parques naturais e vai permitir, segundo os promotores, que turistas, com vários interesses, possam complementar os seus gostos ao longo de toda a ilha.
A marcação física dos caminhos vai ser iniciada no final do mês de Abril e concluída em Junho, processo que conta com o envolvimento da população e instituições locais, indicadas pelo Instituto do Turismo.
Diversificação da oferta turística
Segundo a presidente do ITCV, Ester Carvalho, este projecto insere-se na lógica da diversificação da oferta turística, uma vez que o turismo em Cabo Verde está centrado no monoproduto de sol e praia e concentrado nas ilhas do Sal e da Boa Vista.
“No novo programa operacional do turismo, nós pretendemos chegar às outras ilhas, designadamente, Santiago, Santo Antão e outras com vocação para o turismo de natureza”, precisou.
Para a divulgação do projecto, o ITCV já construiu um sistema de informação geográfica onde serão incluídos as rotas principais e os percursos complementares de Santiago, bem como de São Nicolau, que foi a primeira ilha a ter percursos pedestres identificados.
Este projecto enquadra-se na visão de valorização dos recursos turísticos, principalmente dos caminhos vicinais, com o objectivo de posicionar Cabo Verde na rota internacional de turismo de natureza, diversificar a oferta turística e estimular economia local.
C/ Inforpress
