José Maria Neves, disse que os 100 dias enquanto Presidente da República serviu, essencialmente, para lançar as sementes da gestão da sua presidência para os próximos cinco anos. A sua grande ambição está centrada na sociedade e no empoderamento, para inverter formas de debates e análises políticas, sociais e económicas.
Num encontro com os jornalistas, no município de São Salvador do Mundo, o chefe de Estado assegurou que a mudança, que terá lugar no país, dependerá essencialmente da forma como a sociedade e os cidadãos assumirem os desafios que se colocam a Cabo Verde.
“Tivemos uma ideia fundamental de descentralizar o ambiente político e elevar o debate em Cabo Verde. Precisamos aprender a desacordar, aprender a debater, a partir de ideias divergentes, respeitando a posição de cada um e, procurando a convergência nacional a partir da pluralidade de opiniões na sociedade cabo-verdiana”, recomendou.
A este propósito, o Chefe de Estado criticou o debate político “raso, fulanizado,” e alertou para a necessidade de um debate político menos tenso, de modo a construir os consensos para se alcançar os objectivos.
Assimetrias regionais reduzidas
Por outro lado, considerou que Cabo Verde, nos seus 46 anos como país independente, reduziu grandemente as assimetrias regionais, tendo apontado como exemplo a proliferação das escolas secundárias, dos centros de Saúde, a descentralização dos hospitais nacionais, dos portos e dos aeroportos internacionais e que a desigualdade tem vindo a ser gradualmente reduzida.
“Todos os partidos políticos são pessoas de bem, são importantes para o debate político e é fundamental mobilizarmos todas as competências e todas as capacidades que estão distribuídas na sociedade para que o país possa ganhar. Só mobilizando todas as energias e todas as capacidades existentes, Cabo Verde conseguirá ganhar os desafios que se lhe colocam”, advogou.
Ainda neste encontro, Neves enalteceu a importância de todos os partidos políticos, sindicatos, ONGs e órgãos de comunicação social, exortando ao investimento no reforço do pluralismo.
São, segundo disse, objectivos que vão ao encontro dos objectivos assumidos, em como seria um Presidente visto como o primeiro embaixador da República, para a promoção da imagem externa do país e levar Cabo Verde ao mundo.
C/ Inforpress