Pescadores de Santiago Norte pedem “intervenção urgente” do Governo, no sentido de apetrechar todas as comunidades piscatórias dessa região de postos de venda de combustíveis.
José Rui de Oliveira, presidente da Cooperativa dos Pescadores, Peixeiras e Armadores de Santiago Norte (Coopesca) disse acreditar que a instalação desses postos de combustíveis cativo marítimo vai desenvolver o sector da pesca na região Santiago Norte.
Tomando como exemplo o caso da vila piscatória de Ribeira da Barca, Santa Catarina, informou que os homens do mar deslocam-se cerca de 16 quilómetros (km) para comprar gasolina para poderem exercer a sua actividade, tendo alertado que o transporte desse líquido em recipiente não é recomendável porque representa perigo durante o transporte.
Ainda sobre o combustível marítimo, esta cooperativa com “fins lucrativos” pediu ainda que se retire a taxa de estrada cobrada na compra dos combustíveis por parte dos pescadores.
A este propósito, propôs ao Governo que utilize a “fatia do bolo” no âmbito do acordo de pesca entre Cabo Verde e União Europeia destinada aos pescadores, que segundo lembrou, nunca receberam para custear a taxa de manutenção rodoviária, de oito escudos por cada litro de combustível, que pagam “sem utilizar as estradas”.
Pescadores enfrentam problemas
José Rui de Oliveira, que não fala de “abandono” do sector da pesca, admitiu que os pescadores em Santiago Norte têm enfrentado alguns problemas, sobretudo por falta de materiais para a pesca, arrastadores e falta de gelo.
Entretanto, adiantou que como forma de incrementar o sector da pesca, que a instituição que dirige quer criar um “programa de iniciativa”, em parceria com o Governo central e local, visando garantir uma vida económica melhor nas comunidades piscatórias, sobretudo para a pesca artesanal.
Materiais como factor de produção na região Norte, combustível cativo marítimo na região norte, parceria com a UTAV para uma melhor gestão, sobretudo no que tange à máquina de gelo, arrastadouro de bote na Ribeira da Barca e preservação das praias degradas de forma sustentável para promoção do turismo, são as cinco propostas que a Coopesca quer ver inseridas no programa do Governo.
José Rui de Oliveira aproveitou para convidar o novo ministro do Mar, Abraão Vicente, para visitar as comunidades piscatórias de Santiago Norte, tendo em conta que, segundo ele, o próprio governante já se mostrou aberto ao diálogo, parceria e conhecer os problemas dos pescadores e peixeiras.
O Dia Nacional do Pescador é assinalado anualmente a 05 de Fevereiro.
C/ inforpress