A Câmara de São Filipe incentiva a criação de duas cooperativas de pesca na zona norte e sul da cidade e já tem em construção quarto embarcações para oferecer às cooperativas.
O presidente da autarquia de São Filipe, Nuías Silva, disse que com a criação das cooperativas a câmara vai conceder quatro embarcações de seis e oito metros, devidamente equipadas, preparadas e com autonomia para deslocação e ultrapassar os limites impostos às embarcações de boca aberta.
As embarcações estão em construção em São Vicente e no município de Santa Cruz, ilha de Santiago, e devem chegar ao Fogo no decurso do próximo mês de Março.
Segundo Nuías Silva, a câmara vai conceder duas embarcações de seis metros à cooperativa de pesca de Salinas, e que abrange toda a zona norte, e outras duas embarcações, sendo uma de seis e outra de oito metros à cooperativa da pesca do porto de Vale dos Cavaleiros e de Lajeta, zona sul do município.
Visão
Com esta metodologia, e visão, a autarquia pretende formalizar o sector da pesca e criar condições para aumentar a captura e a produção, capaz de abastecer pequenas indústrias de pesca, já que terão possibilidade de afastar um pouco da ilha e ter acesso a bancos com maior quantidade e qualidade de pesca, para poderem desenvolver as suas actividades não de forma familiar e de sobrevivência, mas de forma empresarial e organizada.
Reparação de embarcações
Neste momento os pedidos para reparação de embarcações, aquisição de motores e outros, no sector da pesca, que deram entrada na câmara aproximam-se de uma centena e ronda cerca de sete mil contos, valor que a câmara não dispõe.
Assim, Nuías Silva indicou que a sua equipa está a trabalhar uma linha de crédito, junto das instituições de microcrédito, para apoiar na recuperação de embarcações, melhoria e aquisição de motores, não num sistema de assistencialismo/doação, mas de acesso a microcrédito em que a câmara garante parte da prestação e os pescadores/peixeiras garantem uma contraparte para garantir sustentabilidade do sector da pesca.
Turismo
Além dos modelos da cooperativa e das embarcações, a câmara apresentou o modelo de promoção de uma empresa ligado ao sector do turismo de experiência e economia azul, virada para a pesca desportiva, visualização de aves marinhas, visita a espaços de nidificação de tartarugas, passeios à volta da ilha, envolvendo jovens empreendedores.
A esta empresa a câmara vai disponibilizar uma embarcação de seis metros totalmente equipada para o desenvolvimento das actividades.
Quer as cooperativas, quer a empresa de turismo, terão um período de carência de um ano para reembolsar uma parte do investimento para a criação de um fundo de sustentabilidade municipal para apoiar outros beneficiários.
Uma embarcação de oito metros, igualmente equipada, será colocada à disposição dos serviços de protecção civil, no quadro da qualificação das praias para garantir maior segurança de modo que elas possam ser utilizadas para o turismo balnear.
C/ inforpress