O perigo de se contrair doença grave ou morrer, devido à COVID-19, é 50 a 60 por cento (%) menor, em caso de infecção pela Variante de Preocupação (VdP) Ómicron.
A mais recente VdP, na lista da Organização Mundial de Saúde (OMS) – de acordo com o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC), citado pelo pt.euronews.com -, tem uma “prevalência estimada de 64%” nos 27 Países da União Europeia (EU), mais os três (Islândia, Liechtenstein e Noruega), que completam o Espaço Económico Europeu.
“Através de estudos de diversas entidades, descobriu-se que o risco de hospitalização com a Ómicron é menor do que com a VdP Delta. No entanto, imunização por infecção natural e vacinação – incluindo reforço e melhores opções de tratamento -, contribuem para resultados menos severos, tornando difícil perceber o risco inerente de infecção grave pela Ómicron”, avisa o ECDC, no mais recente Relatório Epidemiológico Semanal.
Embora tenham usado dados ligeiramente diferentes, análises de aproximação e ajustes para factores de confusão, a maioria dos estudos encontrou uma redução de risco na ordem dos 50% a 60%
Evidências
Ainda assim, entre os casos com a VdP Ómicron, reportados ao Serviço de monitorização Europeu (TESSy), “cerca de 1,14% necessitaram de ser hospitalizados, 0,16% tiveram de recorrer aos Cuidados Intensivos e 0,06% morreram”.
“Alguns estudos anteriores sugeriram que as actuais vacinas perdem alguma eficácia perante a infecção por Ómicron, mas as vacinas ainda asseguram protecção contra hospitalizações e doença grave”, assegura o ECDC.
O Centro Europeu avisa, contudo, que “dada a vantagem de crescimento exponencial da Ómicron e o alto número de casos, quaisquer benefícios potenciais de menor gravidade observada podem ser superados pelo grande número de resultados graves ao longo do tempo”.
Nova Linhagem BA 2
Foi detectada, recentemente, em Portugal, entretanto, uma Nova Linhagem da Ómicron (BA.1), definida pelo Código BA.2 e que já tinha sido identificada, também, noutros países como a Dinamarca ou o Reino Unido, onde a versão original entrou galopante, em Dezembro.
Esta Nova Linhagem apresenta um excesso de mutações da proteína S (“Spike”), similar à BA.1.
O Instituto Nacional de Saúde (INSA) “Doutor Ricardo Jorge” (de Portugal) solicitou ao Laboratório Unilabs uma Pesquisa focada nas mutações da BA.2.
“Estes ensaios preliminares revelaram perfis mutacionais compatíveis com a Linhagem BA.2, sugerindo que o decréscimo na proporção de amostras positivas SGTF [“S gene target failure”] poderá dever-se, pelo menos parcialmente, a um aumento de circulação desta Linhagem em Portugal”, lê-se no relatório do INSA, que aguarda pelos dados da evolução e da dispersão desta Linhagem por aquele País da Europa.