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Santiago

Praia: Líder da associação Black Panthers julgado por crimes de falsificação e auxílio à emigração ilegal

O líder da associação cabo-verdiana Black Panthers, Alcides Amarante, assim como o ex-presidente do Académico de Leiria, Luis Pinto, vão ser julgados, no próximo dia 26, no Tribunal Judicial de Leiria (Portugal), por cinco crimes de auxílio à imigração ilegal com intuito lucrativo e 11 crimes de falsificação de documentos, cometidos em co-autoria.

No despacho de acusação, segundo avançam vários sites da imprensa portuguesa, que citam a LUSA, lê-se que o Académico de Leiria e a “Black Panthers”, da cidade da Praia, presidida por Alcides Amarante, têm uma parceria desde a década de 1990 para a deslocação a Portugal de comitivas para atividades desportivas e culturais.

Os arguidos, segundo o MP português, teriam “engendrado um esquema” que visava introduzir em Portugal, de forma ilícita, cidadãos cabo-verdianos, “a pretexto de participar num intercâmbio cultural”, recebendo daqueles, “como contrapartida, avultadas quantias pecuniárias, que repartiam entre ambos”, de forma não apurada.

Conforme o MP, Luís Pinto emitia “cartas convite” à Associação Juvenil “Black Panthers” para iniciativas desportivas e culturais por parte de cidadãos cabo-verdianos, “bem como as declarações que atestavam o alojamento e o objetivo das estadias”.

Já em Cabo Verde, Alcides Amarante “providenciava a obtenção de vistos de curta duração”, sendo que estes “eram concedidos na condição de os requerentes se apresentarem no Centro Comum de Vistos, Secção Consular da Embaixada de Portugal na Praia, após o regresso a Cabo Verde”.

O MP relatou que, “após a entrada dos cidadãos cabo-verdianos em território nacional, no aeroporto de Lisboa”, nem todos eram encaminhados para as instalações” do Académico, além de que também “não eram encaminhados para regressar ao seu país”, decorrido o prazo do visto.

O A Naçao está a tentar contactar o líder da associação Black Panthers, mas até agora sem sucesso.

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