“Manifesto a Crioulização” é o mais recente livro do músico e escritor Mário Lúcio de Sousa, um ensaio-manifesto que procura “proclamar um outro rosto humano que, no plural, se escreve no espaço da fronteira e da intersecção”. Isto numa altura em que assumir-se como “crioulo” chega a ser problemático para uns quantos por este mundo fora.
A obra, cujo primeiro lançamento aconteceu ontem, quarta-feira, 19, no Tarrafal de Santiago, vai ser apresentada amanhã, sexta-feira, 21, na Uni-CV, em Santa Catarina, e sábado, 22, no Palácio da Presidência da República, na Praia.
Segundo uma nota de imprensa, “Manifesto a Crioulização” é um ensaio-manifesto que procura proclamar um outro rosto do humano que, no plural, se escreve no espaço da fronteira e da intersecção.
“Como ensaio-manifesto, começa por ser um ensaio, existencialmente radicado na experiência humana da Crioulização, que é uma experiência que nasce no dilema, se alimenta da relação e se consuma na assunção de identidades dinâmicas, plurais e compósitas, numa palavra, Crioulas” refere o documento.
Este livro, o mais recente do Mário Lúcio Sousa, tem, segundo a sua sinopse, “um suporte antropológico, que supõe dor, sofrimento e luto durante séculos de colonização, mas que implica um reposicionamento epistemológico reivindicador de novas formas de constituição e partilha do saber(…)”.
O conceito de crioulo ultrapassa, pois, conforme a mesma fonte, qualquer origem biológica, histórica e geográfica ou a sua redução ao linguístico, para se propor como um “paradigma novo e dialógico de se ser diferentemente humano”.
A primeira apresentação do “Manifesto a Crioulização” aconteceu na terra do seu autor, Tarrafal de Santiago, a cargo do Arnaldo Andrade. As suas próximas paragens serão Uni-CV em Santa Catarina, (sexta-feira,21) com apresentação de Gabriel Fernandes e Palácio da Presidência na Praia, sábado, 22, por Manuel Veiga.