A Espanha planeia considerar o novo Coronavírus como uma Doença Endémica, uma posição que a OMS e vários especialistas consideram prematura, mas que abriu o debate entre governos que precisam de normalidade e uma Comunidade Médica que defende manter a guarda.
O Governo de Esquerda Espanhol, chefiado por Pedro Sánchez – escreve o portal odia.com.br -, tem sido o mais enfático em falar, abertamente, sobre tomar medidas para começar a considerar o novo Coronavírus como uma Doença a se conviver normalmente, como a Gripe, sempre esclarecendo, porém, que não era um passo iminente.
A Espanha (País da Europa, que faz Fronteira com Portugal) “trabalha com a Comunidade Científica” para, quando chegar o momento, “passar da Gestão da Pandemia para a Gestão de uma Doença que esperamos que a Ciência possa tornar Endémica”, reiterou o Presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez.
A Linhagem Ómicron multiplicou os casos como nenhuma outra, mas sem tantas mortes ou internações, o que levou muitos Governos a aliviar as restrições, no meio da sexta onda, dando alguns passos na direcção que a Espanha aponta.
Alerta da OMS
No entanto, o director-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), o etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus, respondeu, na terça-feira, 18, que a Pandemia “está longe de terminar”, alertando que “é provável que surjam novas variantes”.
A OMS também alertou contra a tentação de minimizar uma Doença Endémica.
“Endêmico, por si só, não significa que seja bom. Endémico significa, apenas, que está aqui para sempre”, sustenta, por sua vez, o director de Emergências da OMS, Michael Ryan, numa sessão virtual do Fórum Económico Mundial – que decorrem em Davos, na Suíça -, citando a Malária (também conhecida, por Paludismo), como exemplo.
Porém, a Espanha está em boa posição para abrir o debate, pois, possui uma das maiores Taxas de Vacinação do Mundo, com 90,5 por cento (%) de sua População acima de 12 anos, totalmente imunizada. A Espanha tem, actualmente, mais de 23% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva ocupados por pacientes de COVID-19, e mais de 91 mil pessoas morreram desde o começo da Pandemia, em Março de 2020, com duas mil 610 delas, entre 17 de Dezembro (de 20219 e 18 de Janeiro (de 2022).
Vários profissionais da saúde alinham-se comn as posições do Governo Espanhol.