Sem surpresas, a euro-deputada maltesa do Grupo do Partido Popular Europeu (PPE), Roberta Metsola, 43 anos, foi eleita Presidente do Parlamento Europeu.
Aos 43 anos de idade, completados na terça-feira, 18, Roberta Metsola foi eleita nesse mesmo dia como a a mais nova Líder de sempre a chefiar aquela Instituição.
Metsola substitui o Socialista Italiano, David Sassoli, que morreu, de forma repentina, na semana passada.
Com 458 votos a favor conseguiu a Maioria Absoluta, à primeira volta, superando a Sueca Alice Kuhnke, do Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia, que ficou na segunda posição, com 101 votos.
A Espanhola Sira Rego, do Grupo da Esquerda, no Parlamento Europeu, ficou pelos 57 votos.
Já o euro-deputado Polaco, Kosma Zlotowski, do Grupo dos Conservadores e Reformistas Europeus, retirou a candidatura antes do início da Primeira Volta do Escrutínio.
Compromisso
Metsola, a grande vencedora, disse querer tornar a União Europeia atractiva para os mais jovens.
“O Modelo Político que desenvolvemos conduziu o nosso Continente à Democracia, à Prosperidade e Igualdade, mas se queremos, agora, elevar a Europa aos níveis prometidos à Próxima Geração, precisamos de formar algo ainda mais forte, em sintonia com os tempos que vivemos, que motive um público mais jovem e mais céptico a acreditar na Europa”, sublinhou a nova Líder.
Por seu turno, o co-líder do Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia no Parlamento Europeu, Philippe Lamberts, disse estar satisfeito por se ter escolhido uma Mulher para a Presidência, embora se encontre desapontado com o Processo de Selecção.
“Teremos, novamente, uma Presidente do Parlamento Europeu. Em 40 anos, é apenas a terceira. Não podemos dizer que o Equilíbrio de Género foi respeitado. Então, desse ponto de vista, é positivo. Mas, uma vez mais, o Parlamento Europeu poderia adoptar procedimentos melhores para decidir quem se torna Presidente”, sustenta Lamberts.
Críticas
Outros, como a euro-deputada Francesa, do Grupo da Esquerda Europeia, Manon Aubry, criticaram a postura anti-aborto de Metsola.
“Lamentamos a posição dela em relação ao Aborto. Este é um sinal muito difícil para centenas de milhares de mulheres, principalmente, na Polónia, que lutam para defender o Direito ao Aborto. Espero, agora, que ela possa representar todo o Parlamento neste Tema”, manifesta Aubry.
Roberta Metsola é contra a Interrupção Voluntária da Gravidez, mas com a maioria dos euro-deputados a favor da escolha, garantiu que, como Presidente, respeitará a voz da Maioria no Parlamento.
Por outro lado, apoia os direitos da Comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgénero).
Retrato
Oriunda de Malta, Roberta Metsola preocupa-se, igualmente, com a Questão da Migração. Esteve, aliás, à frente de alguns dos trabalhos do Parlamento sobre a Frontex (Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira), liderando as negociações para atcualizá-la e expandi-la.
Antes de chegar a euro-deputada, Metsola foi assessora jurídica da ex-chefe da Diplomacia Europeia, Catherine Ashton.
É a terceira Mulher à frente do Parlamento Europeu, após Simone Veil e Nicole Fontaine.
A “principal conquista” Veil como Política foi, precisamente, a Promulgação da Lei que Despenalizou o Aborto em França, em 1974.