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Atingindo patamar histórico: Taxa de Natalidade cai pelo quinto ano seguido na China

Imagem: g1

A Taxa de Natalidade da China despencou pelo quinto ano consecutivo, atingindo um novo recorde de baixa em 2021, apesar dos esforços do Governo para incentivar os casais a terem mais filhos, diante de uma Crise Demográfica iminente.

Em 2015, o Governo afroxou “Política de Filho Único”, e casais podem ter, actualmente, até três filhos.
O País mais populoso do Mundo registou 10,62 milhões de nascimentos no ano passado, ou seja:  apenas 7,5 nascimentos por mil pessoas – de acordo com o Bureau Nacional de Estatísticas da China, citado pelo portal   cnnbrasil.com.br -, marcando o nível mais baixo desde a Fundação da China Comunista, em 1949.

O número de nascimentos foi suficiente para superar as mortes, com a População crescendo em 480 mil, para 1,41 bilhão.

A Taxa de Crescimento Natural caiu para 0,034 por cento (%),a menor desde a Grande Fome na China – de 1959 a 1961 -, que matou dezenas de milhões de pessoas e levou a um declínio populacional.

Alertas

Os novos nascimentos em 2021 caíram 11,6% de 12,02 milhões em 2020 – um declínio mais suave do que a queda de 18% naquele ano, de 14,65 milhões em 2019.

Os demógrafos chineses alertaram que, se a tendência de queda continuar, a População da China poderá encolher em breve.

Ning Jizhe, chefe do Escritório Nacional de Estatísticas, disse que o declínio nos nascimentos resultou de uma combinação de factores, de “uma diminuição no número de mulheres em idade fértil, um declínio contínuo na fertilidade, mudanças nas atitudes em relação à gravidez e atrasos de casamento por jovens”, inclusive devido à Pandemia de COVID-19.

A queda na Taxa de Natalidade ocorre quando o Governo Chinês aumenta os esforços para incentivar as famílias a ter mais filhos, depois de perceber que sua “Política de Filho Único” contribuiu para o rápido envelhecimento da População e redução da Força de Trabalho, o que pode prejudicar, gravemente, a Estabilidade Económica e Social daquele País Asiático.

Incentivos para três filhos

Para conter a queda da Taxa de Natalidade, o Governo anunciou, em 2015, que permitiria que casais tivessem dois filhos. Mas após um breve aumento em 2016, a Taxa Nacional de Natalidade vem caindo, ano a ano, levando as Autoridades, no ano passado, a afrouxar ainda mais a Política, para três crianças.

Durante décadas, os Governos Locais forçaram milhões de mulheres a abortar gestações consideradas ilegais pelo Estado, sob a “Política de Filho Único”.

Agora, eles estão produzindo uma enxurrada de slogans de propaganda e políticas para incentivar mais nascimentos. Os incentivos comuns incluem doações em dinheiro, subsídios imobiliários e extensão da licença maternidade.

No ano passado, mais de 20 Governos Provinciais ou Regionais alteraram suas Leis de Planeamento

Familiar, incluindo a extensão da Licença Maternidade para as mulheres.

Por exemplo, a Província Oriental de Zhejiang oferece 188 dias de Licença Maternidade para o terceiro filho.

Já na Província de Shaanxi, no Norte, as mulheres podem desfrutar de 350 dias de Licença Remunerada para ter um terceiro filho.

Mesmo assim, as Políticas de Incentivo não conseguiram convencer muitas mulheres, que temem ficar ainda mais em desvantagem, à medida que as Empresas procuram evitar o encargo financeiro extra.

O alto custo de criar filhos também está impedindo os pais de terem mais filhos, especialmente entre a crescente Classe Média do País.

Os altos preços dos imóveis na China e os custos crescentes da Educação, especialmente nas grandes cidades, têm sido frequentemente citados em pesquisas como os principais factores que impedem os casais de ter mais filhos.

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