A Cidade Francesa de Brest é o ponto de encontro dos ministros da Defesa da União Europeia (UE), para discutir questões de Segurança. As Tropas Russas estacionadas junto da Fronteira com a Ucrânia é um dos assuntos fundamentais em discussão.
O secretário-geral da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Jens Stoltenberg – reporta pt.euronews.com -, juntou-se às Conversações, depois de ter participado no Conselho da NATO/Rússia, marcado por divergências.
Stoltenberg salienta que a estreita Parceria entre a Aliança Atlântica e a União Europeia é ainda mais importante, neste momento crítico, para a Segurança da Europa.
“Enviámos uma Mensagem clara à Rússia que, se decidir usar a Força contra a Ucrânia, se mais uma vez, isso terá consequências graves. Será um grande Erro Estratégico da Rússia e dos Aliados da NATO. A UE e muitos outros declararam, claramente, que imporão Sanções graves à Rússia”, sustenta Jens Stoltenberg.
Dossiê Ucraniano
A Reunião dos Ministros da Defesa da UE surge, numa Semana de Trabalho, para resolver a questão Ucraniana, que começou com as Conversações entre os Estados Unidos da América e a Rússia, em Genebra (na suíça), na segunda-feira, 10.
Esta Maratona de Acontecimentos Diplomáticos, todos eles sem sucesso, marca um dos momentos mais difíceis nas Relações.
O frente-a-frente entre a NATO e a Rússia, pela primeira vez em dois anos, confirmou a distância entre ambas as partes. A NATO está aberta a Conversações, mas não aceita que Moscovo vete a ambição da Ucrânia de aderir à Aliança.
Entretanto, mais de cem mil Soldados Russos continuam em espera na Fronteira Ucraniana.
No País (Ucrânia), os civis preparam-se para o pior.
Tropas Russas deixam Cazaquistão
As Forças lideradas pela Rússia começaram, esta quinta-feira, 13, a retirar do Cazaquistão, para onde tinham sido enviadas em apoio ao Governo local, face a tumultos sem precedentes.
“As unidades da Organização do Tratado de Segurança Colectiva (CSTO) de Manutenção da Paz, tendo concluído as tarefas definidas, começaram a preparar Equipamento Militar e Técnico para carregamento em aviões de Aviação Russos, para regresso à sua Base Permanente”, pode ler-se no comunicado do Ministério da Defesa Russo.
O Presidente do Cazaquistão, Kasim-Yomart Tokayev, já confirmara, na quarta-feira, 12, que a saída gradual dos mais de dois mil Soldados da OTSC, destacados em Território Cazaque, estava prevista para esta quinta-feira.
A 5 deste mês, Tokayev pediu ajuda à OTSC, três dias após o início dos protestos no Cazaquistão, inicialmente provocados pelo aumento do preço do Gás Liquefeito, usado no País como alternativa barata à Gasolina.
As manifestações, alimentadas por um descontentamento com as Élites Económicas e Políticas do País e com a corrupção, rapidamente se transformaram em tumultos e foram reprimidas pelas Forças Cazaques, numa Operação caracterizada como “anti-terrorista”.
Os protestos provocaram a morte de, pelo menos, 164 pessoas, perto de mil feridos e quase dez mil detidos.
Tokayev, que assumiu, na terça-feira, que sem a ajuda da OTSC o Governo poderia ter perdido completamente o controlo sobre Almati – a Capital Nursultan, e de todo o País -, alega que a presença do Contingente de Paz da Aliança, no Cazaquistão, “desempenhou um papel muito importante na Estabilização da Situação”.
Tokayev chegou a dar a ordem às Forças de Segurança, para “atirarem a matar”, durante os protestos violentos, de forma a conter a agitação civil.
A decisão recebeu críticas dos Estados Unidos da América, da União Europeia (UE) e de Organizações de Direitos Humanos, mas foi apoiada pela China e pela Organização de Estados Turcófonos, um agrupamento de quatro países da Ásia Central e da Turquia.