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Política

África tem capacidade para desenvolver sua própria vacina, diz Presidente da República

O Presidente da República, José Maria Neves, defendeu, esta segunda-feira, 10, que a “África não pode continuar como um muro de lamentações”, destacando que o continente deve, sim, aproveitar todas as suas capacidades e talentos para desenvolver a sua própria vacina contra a covid-19.

José Maria Neves falava à Inforpress, após discurso numa reunião plenária solene da Assembleia Nacional de Angola, na sequência da visita de Estado àquele país.

“Foi um momento alto de poder falar ao povo angolano, através dos seus legítimos representantes e de deixar uma mensagem, não só a Angola, mas também ao continente africano. Quis falar um pouco para África, mostrar que temos exigentes desafios pela frente, desde logo a questão do combate à pandemia”, frisou.

No seu discurso, o chefe de Estado vincou que “África não pode continuar como um muro de lamentações”, sublinhando ser claro que há desigualdades na distribuição de vacinas, mas que a África tem que assumir uma atitude pró-activa e aproveitar todas as suas capacidades e todos os seus talentos para desenvolver a sua própria vacina.

“Depois é uma profunda reforma da União Africana (UA), garantindo uma profícua divisão do trabalho entre a UA, as organizações regionais e os diferentes Estados, no sentido de se construir uma África forte, coesa, moderna e capaz de gerar oportunidades para todos os seus filhos”, continuou.

Reforço das relações com Cabo Verde

Instado a comentar o pedido feito pelo Presidente da Assembleia Nacional de Angola, Fernando da Piedade Dias dos Santos, no sentido de exercer a sua influência para que haja o reforço das relações entre os parlamentos dos dois países, José Maria Neves respondeu que “não foi por acaso” que trouxe os deputados na sua comitiva.

“E vai ser assim em todas as visitas do Estado… levar todos os grupos parlamentares e os partidos com representação parlamentar para as visitas de Estado, mas também estimular o Parlamento cabo-verdiano a reforçar as relações com outros parlamentos, sobretudo os dos países africanos e os países da CPLP”, explicou.

C/ Inforpress

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