O presidente da Câmara de Comércio de Sotavento (CCS) defende que a continuidade do lay-off poderá ser uma solução, para mitigar os constrangimentos das empresas provocados pela pandemia. Contudo, avança que a não ser possível essa continuidade “haverá outras condições” para poder mitigar esta questão.
“Vamos trabalhar com o Governo, como recomendou o Presidente da República. Teremos que ter diálogo, diálogo e diálogo e vamos trabalhar na perspectiva de concertação com o Governo no sentido de encontrarmos um caminho que possa servir a todos e obviamente que, quando servir os empresários, servirá o País”, disse à imprensa após apresentar os cumprimentos de ano novo ao Presidente da República, José Maria Neves.
No encontro, como explicou, apresentou as preocupações do tecido empresarial nacional e partilhou “algumas situações” que têm a ver com a estabilidade do desenvolvimento da actividade empresarial e, consequentemente, da questão da protecção do emprego, que, segundo disse, é uma das “maiores preocupações”, bem como a verificação das questões fiscais “que, neste momento, também penalizam fortemente as empresas cabo-verdianas no contexto em que se vive”.
“O que a Câmara de Comércio de Sotavento tem em carteira é, efectivamente, continuarmos a desenvolver a nossa actividade num clima pacífico, estável e num processo que possa conferir condições para que possamos continuar as nossas actividades. Se não existirem condições, obviamente que muitas empresas ficarão pelo caminho”.
Disse ainda que a situação das empresas é “muitíssimo” complicada devido à covid-19.
“Este ainda não está a ser dito, mas, por exemplo, um empregado que está infectado com a covid-19 obriga a uma série de problemas dentro das empresas que é a questão de muitos empregados, que não estão contaminados, não poderem ir à empresa por sequência de um colega que esteve contaminado o que praticamente põe a empresa num estado de pouca capacidade de laboração”, explicou.
C/Inforpress