O presidente interino da Protecção Civil, Hélio Semedo, faz um balanço “extremamente positivo” da Missão, no quadro da Passagem do Ano, considerando que as pessoas estão conscientes sobre o perigo da Pandemia da COVID-19.
Em declarações à Inforpress, aquele responsável assegurou que a Equipa de Trabalho, integrada por elementos da Polícia Nacional, Forças Armadas, Inspecção-Geral das Actividades Económicas e da Guarda Municipal da Praia, esteve no terreno, a partir das 23H00 (de 31 de Dezembro de 2021), tendo a missão terminado às 03H0 da madrugada deste sábado, 1 de Janeiro.
“A noite foi tranquila e verificámos que vários operadores acabaram por suspender os eventos do Fim do Ano, tendo em conta o aumento de casos de COVID-19, registado nos últimos dias”, afirmou Hélio Semedo, acrescentando que aqueles que continuaram com as suas actividades “acabaram por cumprir com as normas e medidas decretadas pelo Governo”.
Entretanto, avançou, no espaço da Feira Internacional de Cabo Verde (FIC – Antigo Hangar do Aeródromo da Praia), muitas pessoas ficaram sem entrar, porque não tinham o Certificado de Vacina e nem o Teste Negativo à COVID-19, conforme as normas.
“As pessoas disseram-nos que, no momento da compra do bilhete de ingresso, foram avisadas de que não era necessária a apresentação do Teste Antigénio”, realçou o vice-presidente da Protecção Civil e Bombeiros, que avançou ter verificado que a maioria que queria entrar não tinha Teste em dia, nem o Certificado de Vacinação.
Segundo ele, dez elementos da Polícia Nacional foram destacados para o local, afim de manter a ordem e garantir o cumprimento das medidas impostas pelas Autoridades.
Instado se esta situação não provocou nenhum desacato à Autoridade, afirmou que não, o que, no seu dizer, signifca que as pessoas estão mais conscientizadas sobre a Pandemia da COVID-19.
“Ficámos satisfeitos, porque constatamos que tanto os operadores económicos como os promotores de eventos estão preocupados com a situação da Pandemia”, indicou o vice-presidente da Protecção Civil e Bombeiros.
Em relação à movimentação na via pública, disse, “não registamos muita movimentação, o que significa que as pessoas preferiram passar o Fim do Ano em casa”.
“Mesmo nas discotecas que funcionam, normalmente, não havia tantos clientes”, admitiu, acrescentando que o aumento exponencial do número de infecções, provocadas pela COVID, acabou por “conscientizar um pouco as pessoas a evitar aglomerações em espaços confinados, como bares e discotecas”.
Prognóstico
Semedo acredita que, no decorrer de 2022, enquanto permanecer a situação de Pandemia, os promotores de eventos venham a cumprir com as medidas sanitárias.
Este sábado, a partir das 19H00, na Cidade da Praia, a Missão vai centrar-se na Praça “Alexandre Albuquerque” (no Platô), porque, tradicionalmente, as pessoas procuram este Espaço para se concentrarem.
“Estamos a proibir a utilização da Praça para a circulação e comemoração do dia 1 de Janeiro. Vamos estar lá, para persuadir as pessoas de que a melhor decisão é que cada um passe este período em casa, juntamente com a Família”, avisou.
Na Cidade da Praia, a Operação de Controlo dos Espaços de Eventos contou com perto de 30 elementos, que foram apoiados por dez viaturas.
Nas vésperas do Fim do Ano, o País reportou 994 infecções pela COVID-19, sendo o maior registo na Praia (314), seguido de São Vicente (273) e Sal (218).
Segundo o Ministério da Saúde, foram processadasduas mil 890 amostras, nos laboratórios nacionais.
Com: Inforpress