A Pandemia de COVID-19 condiciona, também, os Festejos da Passagem de Ano, com novas restrições impostas em muitos Países, em resposta à nova vaga de infecções, devido à Variante Ómicron.
Em França – reporta jn.pt -, onde um recorde de mais de 200 mil novos casos da Doença foram notificadas, as discotecas, estão fechadas desde 10 de Dezembro, mantendo-se de portas trancadas por mais três semanas.
Na Cidade-Capita – Paris -, onde a máscara volta a ser obrigatória nas ruas, a partir desta sexta-feira, 31, tal como em quase toda a Região Parisiense, os estabelecimentos onde se vendem bebidas não poderão estar abertos além das duas horas, no sábado, dia 1 de Janeiro, e no domingo, 2, enquanto, nos Campos Elísios, o fogo-de-artifício e os concertos de Ano Novo previstos foram todos cancelados.
Na Grécia, os bares e os restaurantes deverão encerrar às duas horas de 1 de Janeiro, o que é já uma medida excepcional, porque, nos outros dias, fecham à meia-noite. E não se poderá dançar: “A música estará proibida” nesses estabelecimentos, avisa o ministro da Saúde Grego, Thanos Plevris, depois de o País ter registado, na quarta-feira, um número inédito de infecções: 28 mil 828 novos casos.
Na Espanha, os Festejos da Passagem de Ano foram cancelados na maioria das regiões e nove em cada dez das cidades mais populosas daquele País Europeu – paredes-meias com Portugal -, não celebrarão as “emblemáticas Campanadas”. Ou seja: as 12 badaladas da Meia-Noite, tocadas pelos sinos das Igrejas, que assinalam a chegada do Novo Ano, ao som das quais, segundo a Tradição, os Espanhóis formulam 12 desejos ao comerem 12 passas de uva, como em Portugal.
Só a Cidade-Capital, Madrid, manteve uma Cerimónia Mínima, na célebre Praça da “Puerta del Sol”, com uma capacidade limitada a sete mil pessoas – com máscara-, em vez das 18 mil que ali se concentraram em 2019, antes da Pandemia.
Na Cidade do México – na América -, a Câmara Municipal cancelou as Celebrações do Ano Novo, enquanto Chipre proibiu a dança em lugares públicos.
Há até Recolher Obrigatório…
Na Alemanha, onde as discotecas continuarão, também, de portas fechadas, na Passagem de Ano, as reuniões privadas, com mais de dez pessoas, estão proibidas, mesmo para as vacinadas e recuperadas da Doença, embora os menores de 14 anos não contem para esse total. Para os não-vacinados, o limite desce para duas pessoas de agregados familiares diferentes.
Estritamente proibida está a venda de fogos-de-artifício, num País onde, habitualmente, a Chegada do Ano Novo era acompanhada de Espectáculos de Pirotecnia, e, também, batalhas campais “espontâneas”, nas ruas.
Em Berlim, foram assinaladas 53 zonas de exclusão, ou pontos de encontro habituais de grupos, para evitar concentrações.
Em alguns “Länder”, como Baden-Württemberg, foi imposto um Recolher Obrigatório nocturno – entre as 22H30 e as 05H00 -, embora, na Noite da Passagem de Ano seja permitido circular até à uma hora.
Apesar destas novas restrições, o ministro da Saúde Alemão, Karl Lauterbach, alertou que as medidas que entraram em vigor, na terça-feira, não “serão suficientes” para combater a Variante Ómicron do novo Coronavírus SARS-CoV-2, que se prevê cause um “claro aumento” do número de novos casos, nas próximas semanas.
Na Áustria, um dos Países Europeus mais afectados, em Novembro, pela quarta vaga da Pandemia, vigora, ainda, um confinamento só para os não-vacinados, além de outras restrições que afectam toda a População, como o encerramento dos restaurantes às 22 horas, também na Noite da Passagem de Ano, por receio de uma quinta vaga, impulsionada pela Variante Ómicron, mais contagiosa que as anteriores e que é já dominante nas infecções detectadas em Viena – a Capital da Áustria.
Na Hungria, várias cidades – como Debrecen, Miskolc ou Szeged -, decidiram cancelar os Festejos de Rua da Passagem de Ano com concentrações populares, para travar a propagação do novo Coronavírus.
Entre as maiores cidades do País, a excepção é Budapeste, a Capital, cuja Câmara não só não anunciou novas medidas como permitiu o funcionamento do Tradicional Mercado de Natal, situado na Central Praça Vörösmarty e muito frequentado por turistas, até depois da meia-noite de sábado, 1 de Janeiro.
Nada de beijos e…abraços…
Por sua vez, nos EUA (Estados Unidos da América), a Câmara da Cidade de Nova Iorque confirmou que a Tradicional Festa de Passagem de Ano, na “Times Square” realiza-se na mesma, embora impondo limites à capacidade do Evento – será permitida a concentração de 15 mil pessoas – e o uso obrigatório de máscara.
Inquirido sobre o comportamento a adoptar, neste contexto, o imunologista Norte-Americano, Anthony Fauci, estimou que os Norte-Americanos vacinados podem reunir-se “em Família”, com pouco risco.
Em contrapartida, aconselhou: “Se os vossos planos são ir a uma Festa de Passagem de Ano com, entre 40 e 50 pessoas (…), onde toda a gente se abraça para desejar Bom Ano, eu recomendaria que este Ano não fizéssemos isso”.
Enquanto isso, na Rússia, os moscovitas e os visitantes da Capital não poderão celebrar a chegada de 2022, na Praça Vermelha, que encerrará ao público, devido às Restrições Sanitárias vigentes na Cidade, informaram as autoridades locais.
Trata-se do segundo ano consecutivo em que as Autoridades restringem o acesso à Praça Vermelha, lugar habitual de Festejos do Ano Novo, em Moscovo, para evitar a propagação do novo Coronavírus, causador da COVID-19.
Na Turística Ilha de Bali – na Indonésia -, foi feita uma advertência geral: qualquer estrangeiro apanhado a infringir as Regras Sanitárias, durante as Celebrações do Novo Ano, será expulso do País, segundo as autoridades.
Em 2021, perto de 200 turistas foram expulsos de Bali, sete dos quais por violação das Normas Sanitárias, como o uso obrigatório de máscara.
Na Cidade de Sydney, na Austrália, haverá fogo-de-artifício às 21 horas e à meia-noite, como de costume, mas quem quiser assistir é aconselhado a reservar, antecipadamente, bilhetes para se dirigir a um dos vários pontos de observação existentes por toda a Cidade, e a não se deslocar para o Centro, sem bilhetes, que são gratuitos, para que as Autoridades possam controlar o número de pessoas que se concentra em cada um dos recintos.
O uso de máscara não é obrigatório, mas é “fortemente recomendado” e alguns dos locais de observação dos Espectáculos de Pirotecnia não terão comida à venda, sendo as pessoas aconselhadas a visitar um restaurante ou café local, antes de irem ou a levar o seu próprio pique-nique.