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Covid-19

Nos próximos meses: Perito dos EUA espera que Pandemia passe por “transição”

Imagem: cnbc

O principal epidemiologista do Governo Norte-Americano, Anthony Fauci, espera que a Pandemia de COVID-19 passe, nos próximos meses, por uma “transição”, que levará a que se continue a conviver com o Vírus, mas tendo-o sob “controlo”.

A confiança de Anthony Fauci neste cenário – aponta o portal  jn.pt -, em que manter o o novo  Coronavírus SARS-CoV-2 sob “controlo”, deixa de implicar uma “Perturbação” Social e Económica, como actualmente, foi expressa durante a Conferência de Imprensa da Equipa de Resposta contra a Pandemia da Casa Branca, durante a qual o epidemiologista enfatizou que “todos os dados” apontam que a Variante Ómicron é “menos severa” que a Delta.

No entanto, Anthony Fauci alertou que não se pode ser “complacente” e deve manter-se todos as precauções, insistindo que os não-vacinados – quase 40 por cento (%) da população dos Estados Unidos da América (EUA) – mantêm elevado risco de Doença grave ou morte.

Forte prevalência

A Variante Ómicron tem uma forte prevalência nos EUA, como demonstram os dados revelados pela directora do Centro de Controlo de Doenças (CDC), Rochelle Walensky: uma média de 240 mil 400 novos casos na última semana, mais 60% do que na semana anterior, com um aumento de 14% das hospitalizações e de 7% no caso dos óbitos.

No entanto, Rochelle Walensky defendeu as novas recomendações do CDC, que reduzem para cinco dias o isolamento para pessoas infectadas, que estejam assintomáticas.

Recordando que o nível de transmissibilidade é muito alto nos dois dias antes do surgimento de sintomas e entre dois e três dias depois, a responsável assegurou que, “cinco dias depois” dos últimos sintomas, o risco de contágio “diminui substancialmente”.

Além disso, Rochelle Walensky defendeu ser desnecessário fazer-se mais testes a partir desse momento, porque, disse, há casos em que os testes PCR dão positivo até 12 semanas depois da infecção, e isso não significa que a pessoa infectada contagie outra.

Quarta dose?

Anthony Fauci reiterou que, apesar de Ómicron ser altamente transmissível, os reforços das vacinas devolvem o nível de protecção necessário em caso de contágio, para que essa protecção seja a ideal.
Por isso, o epidemiologista voltou a pedir a todos os vacinados que recebam a dose de reforço, optando por não especular sobre a necessidade de uma quarta inoculação.

Às questões dos jornalistas sobre a possibilidade de uma quarta dose, Anthony Fauci respondeu que é preciso ir “passo a passo” e que ainda que a quarta dose possa ser necessária mais à frente, agora é preciso focar na terceira dose ou em vacinar-se quem ainda não o tenha feito.

A Ómicron é, agora, a Variante dominante nos EUA – de acordo como CDC -, e foi responsável por perto de 59% dos novos casos na semana que terminou em 25 de Dezembro.

Com a Variante Ómicron, altamente transmissível, a curva das novas infecções, que tinha caído entre o início de Setembro e o final de Outubro, após uma quarta vaga ligada à Variante Delta, tem vindo a subir, novamente, nos últimos dois meses, e cresce, agora, acentuadamente.

As admissões hospitalares estão, também, a aumentar, com quase nove mil pacientes COVID-19 a serem hospitalizados diariamente, mas este número está ainda longe dos 16 mil e 500 registados, por dia, no início de Janeiro de 2021, de acordo com dados do CDC.

Actualmente, uma média de mil e 200 pessoas morrem, diariamente, enquanto há um ano o pico foi de três mil e 400.

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