Depois de dez dias sem expelir lava, as Autoridades deram como terminada, a Erupção do Vulcão Cumbre Vieja, em La Palma, no Arquipélago das Canárias. Erupção tinha começado a 19 de Setembro.
“O anúncio de hoje [sábado, 25] pode ser resumido em quatro palavras: o Vulcão parou”, disse o ministro da Segurança do Governo das Canárias e porta-voz do Plano de Emergência Vulcânica das Canárias (Pevolca), Julio Pérez, citado pelo Jornal “El País”.
A 25 de Dezembro (Dia do Natal), as Autoridades Espanholas declararam que o Processo Eruptivo no Vulcão “Cumbre Vieja”, em La Palma tinha terminado, 96 dias após o início, a 19 de Setembro. No entanto, e de acordo com os peritos, a actividade no subsolo da Ilha continua, e continuará durante muito tempo, por isso deixam o recado de que a população terá de se habituar a terramotos periódicos.
O fim da Erupção foi certificado pelos cientistas do Instituto Geográfico Nacional, após dez dias contínuos de sinais confirmados de esgotamento do Vulcão, com registos baixos ou insignificantes de tremores, sismicidade e emissão de lava.
“Não gostámos de dizer que terminou”, explicou o geólogo e vulcanólogo Stavros Meletlidis, do Instituto Geográfico Nacional. O Comité Científico da Pevolca estabeleceu um período de espera de dez dias. Propus que fosse mais longo. Em qualquer caso, este é um número inconsequente: isto porque a Erupção pode ter terminado, mas o Processo Vulcânico vai continuar por muito tempo”, rematou Stavros Meletlidis. .
Futuro com cicatrizes profundas
A fúria do “Cumbre Vieja” destruiu mil 218 hectares de terreno, mil 676 edifícios e cobriu com lava 73,8 quilómetros de estradas.
Ao longo de mais de três meses, os sucessivos fluxos de lava obrigaram à evacuação de mais de sete mil pessoas.
A primeira tarefa do Governo das Canárias, agora, é resolver a Emergência Habitacional. Até ao final do ano, vão ser entregues cem casas a pessoas que foram afectadas pela Catástrofe. Já o Governo Central (de Espanha), activou várias Linhas de Ajuda, tanto directas como isenções fiscais.
Mas, as consequências dos 150 milhões de metros cúbicos de Magma expelidos pelo cone do “Cumbre Vieja” serão sentidas durante muitos anos.