Assinala-se hoje, um ano de passamento físico da cantora cabo-verdiana e contadora de historias, Celina Pereira. Também embaixadora da cultura cabo-verdiana além-fronteiras, que faleceu no mesmo dia que a Cesária Evora, só que nove anos depois.
Foi no dia 17 de dezembro de 2020 que Celina Pereira faleceu em Portugal, onde vivia, vítima de doença prolongada.
Celina, que também honrou Cabo Verde com uma carreira emblemática, foi uma das primeiras vozes a se levantar e avançar com uma Petição para que diligências fossem feitas, em ordem a que a Morna fosse proclamada Património Imaterial da Humanidade.
Na memória dos cabo-verdianos, e todos os seus admiradores nos quatro cantos do mundo, ficam eternamente a vasta e multifacetada obra discográfica e literária desta artista que nasceu na Ilha da Boa Vista, mas seguiu, ainda criança, para São Vicente.
Lançou o seu primeiro single em 1979, e, quatro anos depois, o seu primeiro LP – “Long Play”, baptizado de “Força di Cretcheu”.
Foram muitos discos, singles, livros e cassates, maioria deles, destinados a crianças, ou não fosse ela, professora de formação e vocação.
Celina deixou trabalhos produzidos em parceria com artistas brasileiros, moçambicanos e portugueses.
“A sereia Mánina e os seus sapatos vermelhos”, lançado em 2018 foi das suas ultimas obras.
Um ano após a sua morte, Celina Pereira continua a ser amada e acarinhada dentro e fora de Cabo Verde e lembrada como a dona de uma voz inconfundível e de “bem ninar”, que fica eternamente no Panteão dos imortais cabo-verdianos.