A Imprima – Artes Gráficas inaugurou, esta quarta-feira, na Cidade da Praia, a sua unidade de produção, cuja missão é fornecer ao mercado soluções de impressão gráfica de alta qualidade, tendo como mercado-alvo os países da CEDEAO e PALOP.
Segundo o presidente do Conselho de Administração da IMPRIMA – Artes Gráficas, Luís Neves, o olhar vai além do mercado cabo-verdiano, uma vez que a capacidade de produção instalada ambiciona o mercado regional da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidenta (CEDEAO) e, também, “um pouco no mercado dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP)”.
“Temos conhecimento destes mercados, particularmente o de Angola, São Tomé e Príncipe e Moçambique. São mercados que conhecemos bem e, portanto, sabemos o potencial que têm para receber trabalhos produzidos em Cabo Verde”, indicou.
Referindo-se à CEDEAO, Luís Neves avançou que se trata de uma visão que tem como finalidade firmar a posição de Cabo Verde no espaço regional, com o conhecimento de algumas necessidades do mercado, designadamente do Senegal, da Costa do Marfim, entre outros países.
O investimento, que envolve Cabo Verde, Angola e Portugal, está orçado em 570 milhões de escudos cabo-verdianos e, neste momento, garante emprego a 25 profissionais, afirmou o responsável.
Importância
O ministro da Indústria, Comércio e Energia, Alexandre Monteiro, que presidiu ao acto de inauguração, destacou, por sua vez, a importância deste investimento para Cabo Verde, tendo realçado “a ousadia e ambição” do empreendimento feito num contexto “muito difícil” para as empresas e para o mundo em geral.
“É um aspecto a relevar e daí que felicitamos os promotores desta iniciativa, por isso. Mas também dizer que essa unidade industrial também está alinhada com a estratégia de desenvolvimento da indústria do país”, enalteceu o governante.
A visão do país em termos industriais, prosseguiu, prende-se na construção de um sector “cada vez mais competitivo e inovador, integrado nas cadeias de valor” regionais a nível da CEDEAO, bem como nas escalas globais.
Esta visão, reforçou o ministro, começa a ser o posicionamento de algumas indústrias nacionais na perspectiva de “desenvolvimento futuro devido à dimensão do mercado cabo-verdiano que condiciona o desenvolvimento de actividades em indústrias”.
“São bons exemplos de cooperação empresarial no espaço da lusofonia em que CPLP tem um potencial enorme, não só de complementaridade que pode ser potencializado e desenvolvido em termos de actividade de negócios”, caracterizou o ministro.
C/ Inforpress