Os vigilantes de Cabo Verde têm uma greve agendada para os dias 29 e 30 de Dezembro e 01 de Janeiro para “obrigar” as empresas de segurança a cumprir o acordo colectivo de trabalho, avançou hoje o vice-presidente do Sindicato Nacional dos Agentes de Segurança Pública e Privada, Serviços, Agricultura, Comércio e Pescas (Sintel), António Silva.
Com essa greve, garante, pretendem por cobro à situação por que passam os vigilantes e acabar com aquilo que chama de “abuso de poder” das empresas de segurança no país.
A decisão da greve saiu da assembleia geral realizada entre os vigilantes e o sindicato, para analisar a situação laboral e os “constrangimentos” por que passa a classe, devido ao “incumprimento, por parte de empresas de segurança privada”, do acordo colectivo de trabalho assinado e publicado e em vigor desde Maio de 2021.
O sindicalista acusa ainda a Inspecção-geral do Trabalho e Ministério de Administração Interna de faltar com a fiscalização e regulação na área de segurança privada, tendo salientado que se está perante duas instituições que “não têm a competência para aplicar a lei laboral” em Cabo Verde.
“Porque é inadmissível que um acordo que entrou em vigor em Maio de 2021 apenas duas empresas então a cumprir de forma faseadamente, são eles Sonasa e EVP. No caso de Silmac, está a atribuir aos vigilantes apenas dois mil escudos de subsídio de desempenho enquanto está a cobrar os seus clientes no valor fixado pelo Governo”, denunciou António Silva.
As empresas Protecção, Lda (Ronda), Setelima, empresas de Segurança Privada – CV, Lda (Sepricav) e a empresa de Segurança e Limpeza (Selim) até este momento, assegurou este responsável, “não pagaram nenhum vigilante”.
“Os vigilantes já estão desgastados e extremamente cansados desta situação, mas não pretendemos abaixar a guarda enquanto a situação não for resolvida, porque o acordo não pode ser mais um a morrer na praia, só para terem ideia acordo é desde de 2017, desde esta data é uma luta que não chega no fim”, advertiu.
Nesse contexto, apelam ao Governo, na pessoa do vice-primeiro ministro, para munir os seus clientes, os ministérios, de directrizes de modo a pagarem às empresas o montante que foi estipulado na lei.
Sendo assim, caso a situação se mantenha, os vigilantes cumprirão uma greve de três dias.
C/Inforpress