PUB

Economia

Paul: Três meses de salários em atraso leva à paralização das obras da estrada do Figueiral 

Os trabalhadores da estrada de penetração no vale de Figueiral, do Paul, paralisaram as obras após três meses de salários em atraso e acusam a empreiteira Armando Cunha de nada fazer para resolver a situação. A empresa, por sua vez, justificou aos trabalhadores que o Governo não está a pagar” à empreiteira.

Benvindo Rodrigues, um dos trabalhadores da obra, diz que não recebe o salário desde o mês de setembro e que a situação chegou ao extremo, com contas por pagar e outras responsabilidades.

Não obstante as “diversas tentativas” de falar com os responsáveis, até ao momento nenhuma solução foi apresentada.

“Já falamos com os responsáveis e, inclusive, dissemos que se não pagassem iríamos paralisar os trabalhos. Há 15 dias que estamos em casa e até este momento não nos disseram nada”, afiançou.

Já Vicente Loureta, outro trabalhador na mesma situação, salientou que “por diversas vezes” ele e os seus colegas falaram com os responsáveis e estes “justificaram que o Governo não está a pagar” à empreiteira.

“Agora a situação está mesmo difícil, os preços dos produtos de primeira necessidade estão disparados, temos família e dívidas para pagar pelo que apelo aos responsáveis para resolverem a nossa situação”, lançou.

Conforme outro trabalhador, Odair a estrada de acesso a Figueiral do Paul teve “muita propaganda” no início.

“Não queremos só um mês de trabalho queremos os três que estão em atraso e não podemos suportar mais”, alegou.

Armando e Cunha em silêncio

O responsável da empreiteira Armando Cunha a nível de Santo Antão, ainda não se pronunciou sobre os atrasos e não responde à imprensa.

Em Julho de 2019 durante a visita do primeiro-ministro, José Ulisses Correia e Silva, a Santo Antão o mesmo afirmou que a estrada de Figueiral, financiada no âmbito do Programa de Requalificação, Reabilitação e Acessibilidades (PRRA), é a construção relativamente mais cara do pacote de obras lançadas.

Essa estrada, de apenas 1,5 quilómetros de extensão, está orçada em 119 mil contos, o que significa um custo de cerca de 80 mil contos por quilómetro e deveria ser executada em oito meses.

C/Inforpress 

PUB

PUB

PUB

To Top