O presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Brava Sustentável anunciou ontem que a organização pretende iniciar as suas actividades logo no início do ano 2022, realçando que a escritura pública já se encontra na posse da ministra.
Em entrevista à Inforpress, José Gonçalves avançou que esperam ter uma resposta da ministra ainda este ano, para de seguida prover o reconhecimento da Fundação como de utilidade pública, publicada no Boletim Oficial, para no ano de 2022 se iniciar com as actividades em concreto.
O primeiro passo, segundo o dirigente, será “arrumar a casa”, realçando que já há um espaço oferecido por um dos membros para funcionar como sede na ilha Brava.
Entretanto, a organização já tem em vista um conjunto de questões mais críticas onde pretende intervir, como é o caso dos transportes, pelo menos na ligação Brava/Fogo/Brava.
Na área da saúde, outro campo que merecerá a atenção da fundação, informou que pretendem procurar parcerias com a Câmara Municipal de São Filipe e outras entidades, no sentido de estudar a possibilidade de ter um espaço que acolhe as pessoas transferidas da Brava para a realização de exames e consultas no Hospital Regional Fogo/Brava e que não possuem um local para alojar.
Se a autarquia indicar uma estrutura, garantiu, a fundação poderá custear a manutenção e funcionamento, tendo em conta que um espaço do tipo fará “muita diferença” na vida dos bravenses que saem da ilha à procura de melhores condições de saúde.
Agricultura e pesca
Mas, além dos “calcanhares de Aquiles” da ilha, o presidente elencou duas áreas que a fundação pretende investir para dar sustentabilidade aos outros dois projectos acima mencionados, indicando investimentos na área da agricultura e da pesca.
Na agricultura, pretende-se implementar projectos na área da agricultura de alto valor acrescentado, com experiências com produtos que não são cultivados no país, por exemplo, a alcachofra, aspargos, couve-de-bruxelas, entre outras.
A fundação foi apresentada aos bravenses no passado mês de Agosto. Na altura José Gonçalves evidenciou que o objectivo da mesma é “reerguer” a ilha, aproveitando as suas potencialidades.
C/ Inforpress