O jornal local “A Mensagem”, em Lisboa, passa a difundir reportagens, artigos e entrevistas em crioulo de Cabo Verde e da Guiné-Bissau. Uma “mistura de Lisboa e as suas comunidades”, que faz jus a história de uma cidade multicultural.
Os conteúdos serão produzidos pela jornalista Karyna Gomes, jovem guineense de origem cabo-verdiana.
Para que este projecto pudesse avançar, A Mensagem candidatou-se, e ganhou, a uma bolsa de 12 mil euros do programa New Spectrum, do International Press Institute e da Midas – Associação Europeia de Jornais Diários, que apoia profissionais da comunicação social de línguas minoritárias na União Europeia.
Segundo avança o site Time Out, o crioulo, ou os crioulos, cabo-verdiano e guineense, são falados e cantados correntemente em Lisboa – e embora não haja números oficiais para uma avaliação, é bem possível que seja a segunda língua mais falada da cidade.
“Aqui, fazemos-lhe uma homenagem, no caminho de um jornalismo mais inclusivo e de uma cidade mais misturada.”, escreveu Karyna Gomes no texto que antecede uma entrevista em crioulo a Dino D’Santiago, o padrinho do projecto.
Esta iniciativa é ainda feita em parceria com a plataforma Lisboa Crioula, também nascida este ano, e do qual Dino D’Santiago é um dos impulsionadores.
Para este lançamento d’A Mensagem em crioulo, Karyna Gomes escreve ainda um texto sobre “A origem do crioulo, e a sua importância em Lisboa, a mais crioula das cidades europeias” e Ferreira Fernandes publica a crónica “Crioulos nossos”, onde homenageia os crioulos da sua vida.
C/ Time Out